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08-08-2025 às 09h32
Direto da Redação*
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação oficial no país, registrou deflação de 0,12% em julho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa o menor patamar para o mês desde 2020 e vem abaixo das expectativas do mercado, que projetava estabilidade.
Entre os principais responsáveis pela queda estão os preços dos alimentos, que recuaram 0,47% no mês, com destaque para o tomate (-14,3%) e a batata-inglesa (-9,2%). Os combustíveis também contribuíram para o alívio inflacionário, com a gasolina apresentando retração de 1,8%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA desacelerou para 3,71%, aproximando-se ainda mais do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,0% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Diante do novo cenário, cresce a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) promova mais um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,25% ao ano. A próxima reunião do colegiado está marcada para os dias 19 e 20 de agosto.
“O recuo da inflação, especialmente em itens sensíveis ao bolso da população, como alimentação e transporte, reforça o espaço para ajustes na política monetária”, avalia Mariana Costa, economista-chefe da MCM Consultores.
No entanto, analistas seguem atentos a fatores de risco no cenário externo, como a política de tarifas comerciais dos Estados Unidos e a volatilidade no mercado internacional de petróleo.