13-08-2023 - 08h:14

José Altino Machado

O poder da má fé na Corte.

Muitos, hoje, haverão de estranhar porque após 37 semanas, escrevendo cartas ao sr. Presidente em exercício, interrompo a sequência trazendo um novo velho assunto. Vale a pena dizer, estar a escrever sem saber se está sendo lido já é um tanto complicado, porém, bem pior é se saber que leram e nada entenderam.

Como Mãe dizia, apenas um risco na água e nada mais, sem marcas...

Lá vou acompanhando bem de perto a sequência de discursos e ações governistas na e para a Região Amazônica. Nem médico, psicólogo, psiquiatra ou mesmo simples enfermeiro nada disso sou, mas que esse “intangível” e longevo político que como diz, agora “manda”, acho que está mesmo alienado. Não sendo desrespeitoso posso aceitar, ele ou eu, ou mesmo os dois estamos.

Se é mesmo um prêmio Nobel de Anjo protetor ambientalista que ele deseja, mesmo causando sofrimento a nosso, assim como dele, povo, está e vai nos custando caro, podendo se estender graves efeitos colaterais.

Comprovadamente, temos um país maravilhoso e junto a ele um povo não só pacífico como até aqui, humilde e ordeiro, por isso formamos uma invejável Nação.

Me pergunto, que fizemos nós a merecer uma administração tão estranha, tendenciosa, que se apropria de razões e monopólios de verdades? Se no passado aconteceram grandes e respeitosos homens e mulheres, onde estão agora respeito a eles, ou seus responsáveis descendentes de hoje, que não apercebem o caminho do desastre, em que lá vamos nós?

Este nosso estranho presidente do momento, nem de longe parece aquele que sempre diz haver sofrido os rigores do que teria sido uma repressão. O homem com um puta e emergente país deste na mão, carente de metas, objetivos, seguranças econômicas e sociais, procedendo com vaidosa fixação, só vendo e falando de Amazonia.

Pior, sem nunca cuidar nem se dirigir a pouca, mas ainda assim muita gente, que a habita. Fico a imaginar que em seu raciocínio os 180 milhões ao sul que se danem, no momento, seguindo seus expressos desejos de fuder, que sejam nos 29 milhões de amazônidas. É o que parece...até a última pá, como declarou.

Meio a tanta gente capaz, competente e lúcida, o homem, só nivela por baixo. Seus ouvidos e ações são movidos por inconsequentes reconhecidos, que hoje tendo acesso ao poder que ele representa ou detém, abusam da passividade social marcante no comportamento nacional. Alguns deles, irresponsavelmente, autênticos mentirosos, usam de totais inverdades para consecução de seus escusos desígnios. Elaboram mesmo, trabalhando com números e obscuros resultados ditos “científicos” para ganhos de convencimentos e captação financeira. Verdadeiros moleques /cas fazendo qualquer negociação com a pretensa honestidade para obtenção de dinheiro ou notoriedade. Interessante que muitos deles, ricos herdeiros/as ou deles contratados para o exercício fabril da comoção pública. E maldosamente, sem nenhum temor quanto ao meio utilizado produzem trapaças, buscando um pânico social.

O já cansado PRESIDENTE, vai na onda...

Essa desgraceira que tem aprontado com extrativistas na Amazônia, conquistadores de seculares ocupações, tem semeado desencanto, frustação e por que não, disseminado ódios, até aqui, nunca existentes em nosso povo. Um mal chegado a excessos, demonstrado recentemente, pelos equatorianos.

Não bastasse tais confusões, publicaram agora o reclamado censo das almas indígenas. Se as digo como almas, é porque muitos recenseados, só existem em espírito. Que irresponsabilidade!! Coisas assim estremecem as estruturas da Nação. Leis serão produzidas ou modificadas em função de tais novos “índios”. A própria grande rede de televisão, leva ao ar matéria de um humilde recenseador aportando sua, também para lá de humilde voadeira (canoa com motor), as margens de suposta aldeia para alavancar a conta mirabolante. Vá mentir nos quintos dos infernos... esconjuro...Mais fácil um só homem proceder de bicicleta o censo numa cidade como São Paulo, que milhares deles sem recursos na Amazonia.

E quanto aos índios do Presidente, que ele saiba que só aqueles que lhe estão próximo estarão sempre bem, porque em sua grande e porque não total maioria, são dependentes dos hoje levianamente perseguidos garimpeiros. Se aos últimos ficarão desordens e sacrifícios, aos primeiros sobrarão fome, inanição e total desesperança.

Na Amazônia, eles índios somos nós e nós somos eles, o restante é retrato da irrealidade, e que tais ações ditas legais não venham a comprometer seculares e hoje já naturais e assentadas convivências.

Bem por isso, ainda ouso sugerir a um dos ventos passageiros em comando administrativo do país, que procure não ouvir lideranças criadas a interesse ou outras à ganhos. Mais responsável se IR A FONTE, cercar-se de quem sabe e conhece seguras verdades, por com elas conviver.

Por tratar das prejudiciais aleivosias nacionais, em aproveito, digo, que nos acautelemos de levianas e falsas informações científicas. Interessados noutros valores, com chancela de doutores, têm divulgado com frequência a questão do uso do mercúrio METÁLICO, para almagação de ouro na Amazônia. Seu uso antecede egípcios e bandeirantes, assim como “diggers” na California, deles não existindo marcas de malefícios gerais.  Sobra a eles a finalidade única, atrair atenções e paralização de concorrência dos produtos primários nacionais ao mercado exterior, convencidos que são por inocência ou nenhum saber a justificar os diplomas que carregam. A ocorrência ou contaminação em peixes e gentes, como a ministra do meio ambiente, pelo METIL mercúrio, é inerente à região, sua origem é vulcânica com berço nos Andes. Se atenção não prestaram, aquela coloração avermelhada (pinturas) em pessoas por lá, são feitas com mercúrio. Por sinal, dando mal exemplo, do que e onde não se deve fazer, a cidade de São Paulo, dos eleitores de sua ministra, hospeda duas igrejas coloradas com mercúrio e daquele que realmente contamina.

Bem demonstrado esta, que em nosso Brasil, não só políticos mentem a propósitos, e como, mas também cientistas, doutores, herdeiros, herdeiras e até falsas lideranças indígenas. Haja olhos e ouvidos...

Históricos exemplos demonstraram que a má fé e mentira em proximidades de Cortes Reais, causam estragos ao Estado, irreparáveis...que o digam Rasputin, Richelieu e o nosso Chalaça...

BH/Macapá,13/08/2023

José Altino Machado