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HERDEIRO DE REINADO

Éramos um gigantesco tudo e nada. Uma bonita terra, maravilhosa de se ver até de longe, e diziam que “aqui em se plantando tudo dá”.

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18-12-2023 às 18:25h.

José Altino Machado ( *)

Podemos observar com amargos sorrisos algumas curiosas peculiaridades na atual administração e comando em nosso país, aliás fico é triste por elas. Talvez por isso, envergonhado, deixo de usar o termo Nação, por acreditar que temos dificuldades em elaborar tal status.

Éramos um gigantesco tudo e nada. Uma bonita terra, maravilhosa de se ver até de longe, e diziam que “aqui em se plantando tudo dá”.

Do outro lado do mar da travessia inaugurada por barquinhos chamados naus, havia gente que cercava um Rei que lá mandava e que a partir da chegado dos navegantes neste rincão, também aqui haveria de mandar.

E a moda pegou...

De reis fomos a imperadores, deles a uma tal de república democrática, ironicamente iniciada por militares, e logo chamada de velha; em seguida adentra longeva ditadura, que bagunçou tudo caçando constituições estaduais que davam suporte a uma já instalada união de estados. Longos quinze anos e outra vez segundo chamam democracia...que baderna. Mas, algo ficou gravado em corações e mentes de quem mandava e quem obedecia, o costume da tolerância, dependência e mesuras a postura intocável do mandatário e de sua “corte.

Se em passado reis premiavam apoiadores com ducados, condados e até cavaleiros do reino, ditos democratas, começam sossegando multidões, com emendas parlamentares, indicações de apaniguados, alocação em ministérios e aos mais poderosos, presidência em autarquias. Tudo bem copiado ao reinado do rei português fujão, o Dom João. Só que, em reinado, se buscava um mínimo de qualidade, liderança e aptidão para exercício de funções. Nem sempre dava muito certo, mas isso responsavelmente se buscava e rei era rei.

Bem, todo esse devaneio acima é para apenas se verificar que continua tudo igual, um “rei e uma corte”, mas com gritante diferença e proposito, pois, por aqui, há que existir compras deslavadas com mimos e agrados não só a apoiadores e companheiros, não importando quão despreparados que sejam.

E quanto a isso nosso atual presidente nem quer saber se a mula vai mancar, ele quer é rosetar. Ajunta cada preciosidade de tão pouco saber que muito se aproxima da hilaridade. Cada coisa, que joga longe nosso prazer em tecer críticas construtivas ou perder tempo a escrever assuntos sérios ou até divertidos, porém uteis ao país... é incrível. Lula não está ligando mesmo para nada em referência a conceitos éticos e anda raspando aos imorais. Sem nenhuma maldosa intenção em análise de comportamentos, deixo a quem ler que a faça.

Entrega um ministério da envergadura do meio ambiente de um país de descomunal tamanho e com exagero, socialmente “multi pluri variavel”, a uma senhora que perdida dos reais meios amazônicos e egressa do aguerrido Acre, que não mais a quis, e tendo comportamento profissional altamente discutível. Mulher de mensagens fantasiosas, inverídicas, sem projetos ou metas e sequer saber ou qualidade técnica gerencial a tal fim. Até politicamente, mandou se para as ricas tetas de vacas paulistas, que tanto gostam de brincar imprudentemente nas urnas como a gozar os demais estados da federação e de lá veio com mandato representativo deles. Bem-feito, toma castigo...

Difícil não dizer ou repassar as estultices que fala e profere, um rosário de puro besteirol, e pior, como nossa ministra sempre ocupando microfones internacionais. Dito sério, nos acabrunha... Em Nairobi, África, declarou que em nosso país existem 100, eu escrevi 100, milhões de famintos, bem mais que o próprio Lula que dizia termos 35 milhões. Em seguida, mostrando seu braço disse ser contaminada por mercúrio de garimpo, onde jamais esteve e que não existe em seu estado natal. Nem procura responsavelmente, se é que isso acontece, saber qual o tipo de mercúrio foi o contaminante. Se muito comedora de peixes carnívoros na Amazonia estaria razoavelmente explicado. Há pouco, numa comissão do Senado ousou repreender um senador por preconceito racial por ele se referir usando termos aeronáuticos a uma abertura de caixa preta do meio ambiente. Tal caixa assim conhecida registra não só todo o comportamento técnico da aeronave, mas inclusive gravações de conversas da cabine de comando e ironicamente apesar de assim conhecida, sua cor é vermelha. Disse ela que aquele dito do senador seria ofensivo a cor da pele dos negros, sem ficar da cor da caixa.

Doutra, ao ser questionada das bobices na Amazonia, com paus, arvores, bichos e petróleo, saiu se com o cúmulo da insensatez: “trabalho sim, para a humanidade”. No exterior inquirida por exploração de petróleo, respondeu ao repórter: “outros fazem”. E o Lula atendendo pedidos externos e interessados estrangeiros, a retirou de tais préstimos e a colocou a nosso serviço. Ainda a pagamos um bom salário com espaço de mando e decisões. Se o propósito é este, essa dama, deveria sim, estar curtindo um empreguinho na ONU, em Gaza ou melhor num retiro espiritual...

Aqui achamos todos, caber a um ministro do meio ambiente, considerando a educação recebida pelo povo, conciliar de melhor maneira possível este meio envolvente, com o social. A simples conservação de um, não trará benefício algum com a destruição do outro. E aquele ministério existe para com esta finalidade, compor a vida com a necessidade. Descrente, não lhe crédito inteligência para tal. Lula que nos perdoe, mas neste desastre, ele é o responsável.

Assim como tem atingido a outros setores. Começando por corromper o Congresso, onde ele sempre dizia haver 300 picaretas, (afirmação dele). Mal ainda tem feito ao mais letal de todos os poderes, se maculado, para garantias do cidadão, a Justiça.

Sem questionar, por serem a mim desconhecidas as qualidades profissionais de seus indicados à uma corte suprema, posso com segurança afirmar que aquele sagrado lugar da justiça social não pode ser bafejado por amabilidades e desejos pessoais. A praça ali é de notável saber jurídico sem partidarismo, políticas ou tendencias ideológicas. Ficou muito indecoroso para lá enviar o profissional que aos finalmente, de legalmente rejeitado postulante proporcionou que chegasse à presidência.  Agora de novo, lá vai ele indicando um amigo político também para aquela casa. Este caso então, mesmo se grande jurista, foi, e ainda é cidadão político embrenhado da alma ao espírito, tendo perdido toda essência jurídica adquirida, o que constrói e leva a parcialidades julgadoras por abraçar simpatias e lealdades a “companheiros”.

Por isso chegamos a uma única conclusão, continuamos sendo reinados com absolutismos, não por reis, sequer herdeiros, mas por quem se comporta como tal, tendo inclusive seus bufões. Tenho dito... todavia, porém, entretanto, a um, eu posso dizer: CALA A BOCA MAGDA.

BH/Macapá, 02/12/2023                                                              

Jose Altino Machado

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