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"Gratas recordações do tio Euler Viana de Souza, que já não se encontra entre nós"

"Gratas recordações do tio Euler Viana de Souza, que já não se encontra entre nós"

Sempre foi uma pessoa extrovertida e bem humorada que gostava de contar casos para alegria de nós todos lá na casa da Rua Sabinópolis 41 onde morávamos.

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22-07-2023 – 08h52

Antonio Castilho de Souza*

Algumas palavras sobre nosso tio Euler Viana de Souza que, infelizmente, já não se encontra entre nós.

Foi o filho mais velho do casal Raimundo Braz de Souza e Gení Vianna de Souza, dos quais sempre lembramos com saudades.

Guardamos gratas recordações dele desde os tempos de nossa infância. Era alto e forte, um pouco calvo.

Sempre foi uma pessoa extrovertida e bem humorada que gostava de contar casos para alegria de nós todos lá na casa da Rua Sabinópolis 41 onde morávamos.

Era visita frequente que aguardávamos com ansiedade principalmente porque sempre vinha acompanhada de guloseimas e novos casos pitorescos.

Na realidade, essas estórias eram bastante fantasiosas, nos moldes do “Realismo Fantástico”, cujos expoentes na América Latina foram Gabriel Garcia Marquez, na Colômbia, Isabel Allende, no Chile e Murilo Rubião, no Brasil.

Lembramos, claramente, que quando ele aparecia lá em casa nos fins de ano sempre nos presenteava com pastas usadas de couro com emblemas da Companhia Sul América, onde trabalhava antes do próximo emprego que foi o Diário de Minas.

A propósito, o Diário de Minas foi fundado em 1866 passando por várias fases entre fechamento e reabertura. A última deu-se em 1949 quando foi adquirido pelo então prefeito de Belo Horizonte, Otacílio Negrão de Lima. Hoje não circula mais como jornal impresso (agora é virtual, diariodeminas.com.br de propriedade da Edimig, do empresário Soelson Araújo).      

Na condição de chefe das oficinas de impressão do periódico, Euler permaneceu lá por vários anos até sua aposentadoria. Pela Redação do Diário de Minas passaram vários nomes de peso do Jornalismo, tais como Fernando Gabeira, Alcindo Ribeiro de Sousa e Mauro Santayana.

Outra qualidade, dentre muitas de nosso tio, descobrimos mais tarde: foi um excelente dançarino de tango, completamente diferente de seus irmãos que, pelo que sabemos, não conheciam nenhum passo de dança.

Recordamos que costumava frequentar um local famoso no bairro Carlos Prates – Restaurante do Flávio – especializado em peixes. Determinado dia, conversando conosco e em meio aos casos que contava, disse que se tivéssemos a oportunidade de visitar a cozinha do referido restaurante jamais iríamos lá. Não fizemos isto, mas também não voltamos.

Sua única filha, Mabel, era considerada por nós a prima mais bonita. Provocou, certamente, crises de ciúme nas outras. Hoje ele está em outra dimensão seguramente contando suas estórias e dando shows de dança principalmente tangos cantados por Carlos Gardel e Libertad Lamarque.

*Antonio Castilho de Souza Formado em Administração e mpresas na UNA e Direito pela UFMG; trabalha na Redação da Imprensa Oficial

Imagem da Galeria Euler, tio de Castilho, trabalhou um tempo no Diário de Minas, quando era na versãoi impressa
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