A data foi comemorada com uma deslumbrante festa, na Ilha das Cobras, no Centro do Rio de Janeiro, uma das principais fortificações de defesa do País no período colonial
Direto da Redação
O nosso companheiro do Diário de Minas, professor Paulo Roberto Cardoso, marinheiro de alma, nos conta que participou das comemorações dos 400 anos da Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), uma das principais fortificações de defesa do País – do período Colonial à República – ocupada pelos integrantes da Brigada Real da Marinha, origem do atual Corpo de Fuzileiros Navais (CFN).
Foi, como disse Paulo Roberto, “um espetáculo de luzes e sons”, com as Bandas Marcial e Sinfônica do CFN, que fizeram uma apresentação especial com clássicos nacionais e internacionais, com mais de duas horas de duração.
As comemorações contaram com a apresentação de mais de 200 músicos e corneteiros, somados com o coral do Programa Forças no Esporte do Batalhão Naval, composto por crianças e adolescentes oriundos de comunidades carentes do Rio de Janeiro.
As atividades contaram também com uma grande encenação e projeções de imagens na fachada da Fortaleza, que, de maneira lúdica narrou a trajetória do CFN, da Marinha e do próprio Rio de Janeiro, com exibição de veículos históricos e contemporâneos, como jipe anfíbio, motocicletas, Carro Lagarta Anfíbio, Viatura Blindada sobre Rodas “Piranha”, Viatura Blindada Leve “JLTV”; uniformes históricos, tropas e com salvas de canhões.
A apresentação da cantora Mona Vilardo foi outro ponto de destaque. Ela interpretou sucessos de Emilinha Borba, a “Favorita Permanente da Marinha” e uma das rainhas do rádio do Brasil.
Genilson Araújo, antigo Fuzileiro Naval fez questão de prestar a sua homenagem, hoje como repórter aéreo. Como ele comentou, o seu primeiro voo de helicóptero foi quando ainda era soldado Fuzileiro Naval, em uma aeronave da Marinha. “Adsumus sempre. Uma vez Fuzileiro Naval, sempre Fuzileiro Naval”, ele concluiu demonstrando-se todo orgulhoso.
MUSEU REABERTO
Outra novidade dentro das comemorações dos 400 anos da Fortaleza de São José foi a reabertura do Museu do Corpo de Fuzileiros Navais (MCF) na Fortaleza de São José, com visitas agendadas, depois de 18 meses de obras de requalificação e vitalização. O museu, perto da praça XV, para ser visitado, o interessado deve enviar antes uma mensagem pelo e-mail cgcfn.museucfn@marinha.mil.br.
A cela onde Tiradentes ficou preso durante 1.072 dias poderá ser visitada. Chama a atenção no Museu também as três máquinas de guerra: o famoso Carro Lagarta Anfíbia (CLAnf) e os tanques SK-105 e Cascavel. E outra coisa interessante é que os Fuzileiros Navais criaram uma linha do tempo para mostrar a evolução das armas, da carabina Mauser 1894 ao fuzil M16-A2.