Créditos: REUTERS/Mateus Bonomi
09-12-2025 às 10h07
Direto da Redação*
A confirmação de que Flávio Bolsonaro recebeu do pai a missão de disputar a Presidência em 2026 provocou reações imediatas no cenário político. A declaração foi feita pelo próprio senador na sexta-feira (5), indicando que o ex-chefe do Executivo, atualmente preso por tentativa de golpe, teria incumbido o filho mais velho de representar o grupo político na próxima eleição presidencial.
O anúncio ocorreu após uma semana marcada por tensões dentro da família. Poucos dias antes, Michelle Bolsonaro havia criticado publicamente uma possível articulação envolvendo o PL e Ciro Gomes no Ceará, o que gerou atritos internos. Flávio e Carlos Bolsonaro rebateram, e o senador chegou a pedir desculpas depois do episódio.
Mesmo assim, a pré-candidatura surgiu sob ceticismo entre lideranças do Centrão, que demonstram preferência por nomes de governadores com maior influência nacional, como Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ratinho Jr., do Paraná. No fim de semana, o próprio Flávio relativizou sua permanência na disputa ao afirmar que sua participação “tem um preço” e poderia ser retirada mediante algum tipo de acordo.
A movimentação reacendeu debates sobre o espaço do bolsonarismo, os planos da direita para 2026 e a capacidade eleitoral do senador, que tenta consolidar apoio em meio a disputas internas e resistências externas dentro do campo conservador.

