11-09-2023 às 18:15h.

Direto da Redação

Enfim, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG) percebeu que a “pobreza” também pode representar lucros para todas as partes. Nos dias 15 e 16 próximos estará realizando a 1ª edição da chamada Expo Favela Belo Horizonte. E a proposta não poderia ser diferente de potencializar o empreendedorismo nos também epitetados aglomerados, uma questão semântica para disfarçar o problema social.

Evidentemente a linguagem em evento dessa natureza é lastreada de cifrões e a menina dos olhos de cada participante irradia essa intenção, e aqui só vão elogios porque, atualmente cada uma das 732 favelas de Belo Horizonte e Região Metropolitana acabam sendo “uma cidade”, e se pode apontar aqui, mais próximos de nós, o Aglomerado Barragem Santa Lúcia, onde vivem cerca de mais de 30 mil pessoas e lá só não tem agência bancária, mas possui uma lotérica que funciona bem.

A expectativa do Sebrae, portanto, é de movimentar cerca de R$ 12 milhões em prospecção de novos negócios. Como se diz no popular, o evento vai “arrebentar” e a garantia disso está na programação na qual estão inseridos nomes como o de Konrad Dantas, da Kondzilla, produtora audiovisual de selo musical; o de Gabriel Martins, cineasta do filme internacional o rapper Renegado; a influencer e consultora de imagem Ana Justino; o cantor e compositor Dudu Nobre; Ailton Graça e Sérgio Loroza, os atores.

Sem dúvida, a Expo Favela será um elo de empreendedores da favela com os empreendedores e marcas do asfalto, como disse a diretora da promoção, Marciele Delduque, “um evento 100% network, onde as empresas irão conhecer projetos, produtos e serviços que já estão no corre ou em sua quebrada”.

Marciele, para quem está chegando agora, é uma das três brasileiras vitoriosas no Brics Women e considerada  pela Embaixada e Consulado dos Estados Unidos no Brasil, uma das “mulheres brasileiras que fazem a diferença em 2023”.

Ela parece ter a missão de construir pontes entre as duas ricas culturas e isso se dará por meio de uma programação feita de palestras, workshops, exposições, rodadas de negócios, “pitches” de “startups”, mentorias, debates, área infantil, gastronomia, shows, e muitas outras ações criadas por quem vive em favelas de Minas e do Brasil.

As inscrições vieram de todas as partes de Minas, mais de três mil e 120 empresas e empreendedores de várias partes foram selecionados. O evento será dividido em três categorias: ‘camelódromo’, ‘gastronomia’ e ‘startup’.

Os participantes irão contar com cinco espaços, três auditórios, o palco Sesc e a cozinha Senac, com programações diversas.

No Estado há quase 2 milhões de empreendedores e 1.250 de startups. Eles movimentam mais de R$ 84 bilhões por ano. O importante é que parte desses números estão em favelas e periferias do território mineiro.

O que poderá vir a ser um belo e produtivo evento, acontecerá das 9h às 18h, com entrada a preço popular, que pode ser adquirida pela plataforma Sympla.