
Juliana Marins, Brasileira que morreu em acidente em trilha de vulcão na Indonésia - créditos: divulgação
30-06-2025 às 09h19
José Aluísio Vieira*
Mas com tanta tecnologia — ainda não temos a capacidade de resgatar pessoas vulneráveis.
Inquietante, mas real. Eis uma das grandes contradições da nossa era: a assimetria entre os avanços tecnológicos e as escolhas éticas que orientam seu uso. E, Sim, desenvolvemos armas capazes de atravessar rochas, eliminar alvos em profundidade, operar com precisão cirúrgica. Bunker busters, drones, inteligência artificial militar — um arsenal de bilhões voltado para destruir.
Mas quando se trata de salvar vidas humanas — de refugiados, vítimas de guerras, de desastres, de fome — não há pressa, nem orçamento, nem prioridade.
Não é por falta de capacidade. É por ausência de compaixão. É por escolha.
A tecnologia não é neutra.
Ela carrega as intenções de quem a financia, de quem a programa, de quem decide onde e como será usada.
Se o foco está no domínio, na guerra, no lucro — ela servirá a isso.
Mas se estivesse na vida, já teríamos: *drones transportando alimentos para zonas esquecidas, sistemas autônomos de busca e resgate, abrigos montáveis em minutos, redes globais de resposta a crises humanitárias, algoritmos salvando — e não eliminando.*
A questão não é técnica. É moral. É política.
Por que usamos o melhor que temos para destruir — e não para proteger?
É hora de encarar a pergunta que define o verdadeiro progresso: *Avançamos para dominar… ou para cuidar?*https://www.linkedin.com/pulse/tecnologia-de-morte-in%25C3%25A9rcia-vida-at%25C3%25A9-quando-o-poder-valer%25C3%25A1-vieira-ynmue
*José Aluísio Vieira é Consultor empresarial, especialista em Educação Financeira e Empresarial