Mas como essa gente é zelosa, tudo foi planejado, anotaram tudo, planejaram em minúcias e agora estão sendo vítimas do bumerangue. E enquanto isso, o ex-presidente Bolsonaro pesca, como quem nada tem a ver com nada
21-11-2024 às 08h:46
Alberto Sena Batista
O mundo do Partido Liberal (PL) está à beira do barranco, e o ex-presidente Jair Bolsonaro está lá em Alagoas, “numa boa”, pescando, certamente alheio ou fazendo de conta de que está alheio aos acontecimentos extraordinários que pulam da panela como pipoca. Seria tudo muito engraçado se não fosse tão trágico, Bolsonaro, que não é bobo nada, está lá dando minhoca para os peixes, talvez pedindo luz a Iemanjá.
Ele vai certamente utilizar-se da mesma estratégia que usou quando da pandemia que nunca irá sair das lembranças porque nela morreram 700 mil brasileiros – “eu não sou coveiro”!
Vai jogar tudo para cima dos integrantes de sua turma, e, com isso, admite que foi presidente, mas as pessoas faziam as coisas e ele nem ficava sabendo, e é por isso que na lista de presidentes ele é considerado o pior. A única coisa que fez em benefício da população foi acabar com o horário de verão. De resto só destilou o ódio e a cizânia todos os dias de seu desgoverno.
É necessário, no entanto, tecer um elogio à turma de Bolsonaro, que faz tudo planejado e tão bem planejado que chegou ao ponto de planejar matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais. Deixaram tudo planejado, nos mínimos detalhes, de modo que a Polícia Federal não deve ter muito trabalho para encontrar as provas de tudo. E é aí que encaixa o elogio, eles fazem tudo e deixam escrito, provando o que fizeram.
Se todas as pessoas do tipo dessa gente, fizesse o que ela faz, deixando pegadas e provas concretas dos seus crimes, tudo seria mais fácil.
As pessoas de nível sensorial mais elevado sabem e reconhecem o dizer “o semelhante atrai o semelhante” e esses acontecimentos deploráveis são um exemplo clássico do que fazem sem medir as consequências.
Numa hipótese absurda, vamos refletir, se essa gente tivesse obtido êxito em suas ações diabólicas, o que eles iam fazer em seguida? Tomar o poder, certamente. E o leitor, pessoa do bem, já imaginou que tipo de governo seria imposto aos mais de 200 milhões de brasileiros?
No mínimo uma ditadura pior do que a de 1964.
Mas como essa gente é zelosa, tudo foi planejado, anotaram tudo, planejaram em minúcias e agora estão sendo vítimas do bumerangue. E enquanto isso, o ex-presidente Bolsonaro pesca, como quem nada tem a ver com nada, afinal: “Eu não sou coveiro”!