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Enfim, as atenções se despertam para o potencial turístico do Maciço do Espinhaço

Enfim, as atenções se despertam para o potencial turístico do Maciço do Espinhaço

Projeto turístico é lançado para beneficiar cinco municípios do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha. Espinhaço é a única cordilheira do Brasil e possui 1.200 quilômetros de extensão.

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Direto da Redação

17-03-2023

08h:34

Finalmente as autoridades mineiras e nacionais se despertaram para o potencial turístico do Maciço do Espinhaço, que, como um gigante adormecido, existe há 2,5 bilhões de anos a se espalhar a partir de Xique-Xique, no sertão baiano, a Ouro Branco, no quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.

Foi lançado na sede do Sebrae-Minas o projeto destino turístico Cordilheira do Espinhaço, com o envolvimento da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), Comitê Gestor da Reserva da Biosfera, além e principalmente das prefeituras municipais e as populações locais, empreendedores especializados em turismo de aventuras.

A princípio cinco municípios do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha receberão os benefícios do projeto: Grão Mogol, Cristália, Botumirim, Itacambira, Caçaratiba, distrito de Turmalina.

O Maciço do Espinhaço é a única cordilheira do Brasil e reconhecida pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera, com abrangência por 179 municípios.

Quem conhece essa região, que agora ganha o interesse das autoridades, sempre acreditou e reclamou ações nesse sentido, caso particular de Grão Mogol, cidade com mais história do que as famosas Diamantina e Ouro Preto. A conhecida Rua Direita, Rua Cristiano Relo batizada, é uma prova dessa antiguidade de Grão Mogol, cheia de casas e nenhum sobrado.

Inegavelmente, o potencial turístico da região é inestimável, se desta vez as iniciativas venham a ser exitosas, porque não é a primeira vez que atitudes semelhantes aconteceram.

É fundamental numa iniciativa como essa investir em infraestrutura para atendimento dos turistas, principalmente na área gastronômica e hospedagem. Ainda sobre Grão Mogol, há casos de muitos turistas que reclamaram terem “passado fome” lá.

Evidentemente o chamado projeto “Cordilheira do Espinhaço” tem em vista o ecoturismo e turismo de aventura. Uma região que possui uma trilha de 15 quilômetros chamada “Trilha do Barão”, por um cenário de rara beleza natural, no dorso do Maciço do Espinhaço, há muito já devia estar atraindo turistas do mundo inteiro.

Agora, e com toda razão, o projeto poderá dar certo e, assim, Grão Mogol, Cristália, Botumirim, Itacambira, Caçaratiba terão reconhecida a vocação turística.

Se o cenário da região tivesse surgido não aqui, mas na Europa, certamente turistas do mundo inteiro estariam a apreciar as belezas encontradas nas dobras do Maciço do Espinhaço.

Pela disposição dos envolvidos no projeto, a expectativa é de tornar o potencial turístico da região conhecido o mais possível para atrair os turistas do mundo inteiro sedentos por uma região única no planeta, de paisagens as mais atraentes, que estimulam o exercício da pareidolia, fenômeno psicológico que nos leva a ver no formato das pedras, figuras de gente ou de animais.

O presidente do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva explica que a intenção é apoiar associações, empresas de ecoturismo e empreendedores locais, envolvê-los ao máximo para que possam eles mesmos “gerarem desenvolvimento econômico e criarem um ambiente de negócios saudável para geração de emprego e renda para os locais”.

Pelo que está sendo proposto, a ação vai fundo na questão com o programa denominado “Check-in Turismo”, com a finalidade de “capacitar as lideranças, qualificar os restaurantes e meios de hospedagem”.

A Cordilheira do Espinhaço é um divisor entre Cerrado e Mata Atlântica. Belas paisagens e cachoeiras de todos os portes, trilhas cheias de belezas para a prática de trekking, como a Trilha do Barão, em Grão Mogol, de ida e volta 30 quilômetros.

O secretário de Estado de Cultura e Turismos, Leônidas Oliveira considera ser “um bioma único e ainda com centenas de cachoeiras e trilhas, um espaço perfeito para a prática do contato com a natureza”.

Imagem da Galeria No Maciço do Espinhaço, as belezas são tantas que até parece, as pedras falam
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