19-03-2024 às 08h:48

Direto da Redação

Uma obra terceirizada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ser interditada porque a empresa cometia “irregulatidades” que punham em risco a vida dos trabalhadores, dá o que falar ou questionar, como a Municipalidade deixa isso acontecer?

O caso em tela é a cratera aberta na Avenida Presidente Eurico Dutra, no bairro Belvedere. Fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, ligada ao Ministério do Trabalho, vistoriaram e encontraram irregularidades, como por exemplo a falta de escoramento do talude, em tempo de soterrar os operários.

Pelo que se sabe, a obra ficará paralisada até que as irregularidades sejam corrigidas. E os documentos apresentados serão analisados pelos fiscais do trabalho.

A PBH informa que a empresa terceirizada já contratada foi comunicada e “toma as providências necessárias para atender a todas as condições impostas, para obter a liberação e prosseguir com a obra sem impactar o cronograma.”

Mas fica no ar uma pergunta que, certamente, os leitores do Diário de Minas estão a fazer, uma empresa contratada pela PBH, que não atenta para os detalhes da obra, de tamanha importância, que empresa é essa?!

Os belo-horizontinos sabem, a cidade é entrecortada por riachos e ribeirões, a maioria deles debaixo do asfalto. Se pudesse tirar um raio xis do que está debaixo do asfalto, nós iremos enxergar muitos espaços  ocos, sinal de que a cratera aberta na avenida pode muito bem aparecer em outros pontos.

É sabido, na Europa, onde os rios foram fechados, a força das águas obrigaram a reabertura, e isso poderá acontecer aqui na capital mineira, mais dia menos dia. Ainda mais tendo em vista as mudanças climáticas, a gente não sabe o que poderá vir adiante.