
Notável, como neste país se dá crédito a tanto desconhecimento, bobagem e falta de cultura - créditos: Charge Cartum-Junião
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16-03-2025 às 08h18
José Altino Machado (*)
Tendo ouvido a tantos exageros discursivos do presidente norte americano, quase posso afirmar que, se obrigatório exames psicológicos para estar presidente ele seria totalmente reprovado.
Dentro de suas possíveis razões, ele se autoriza valentão, arrogante, pedante e opressor a humildes dependentes e oprimidos da hora. O loirão está se sentindo o máximo, tem brigado com todo mundo e mal sabe ele que com vizinhos, que não podem se mudar, jamais devemos nos desentender.
Será sempre exercício arriscado alimentado por falta de equilíbrio, imprudências e intolerância. Ainda mais com a “porra” daquela maleta vermelha cheia de botões do apocalipse que carrega; ou carregam para ele. Como costuma dizer Lula “pode dar merda grossa”.
Por outro lado, cá, abaixo do equador, a coisa e os necessários exames para aprovação ao pleito do cargo, estou certo, que melhor seria um vestibular. Não esse terrível ENEM, mas um verdadeiro teste de conhecimento, do saber e até aptidão aos cargos propostos. Afinal, nem tão fácil é coordenar, dirigir e bem administrar uma gigantesca Nação como a nossa.
O país é enorme e seu povo ainda com incrível divisão na área de cultura e instrução. Aqueles que muito estudaram, não dialogam com os que não tiveram essa oportunidade e estes têm se acomodado com as benesses populistas distribuídos por explicita má fé para conquista de poder.
Por aqui, além de gatos cachorros e bois, se castram todas as devidas responsabilidades que seriam paternas. Ao um incrível número de machos, cabe apenas a execução do coito; no vulgo conhecido como trepada, embuchar a parceira, que se tornará única prisioneira da maternidade. Em respeito a elas, digamos engravidar.
Daí à frente, obrigações e deveres são do Estado. Ele fará custeio e acompanhamento de todo pré-natal, do parto, das vacinas, das creches, escolas e universidades. Se a estas últimas, não chegarem, nem se preocupam, não muito responsáveis governos populistas haverão de fornecer, bolsa família, bolsa escola, saúde e remédios de graça.
Sendo leais militantes e próximos ao poder, quem sabe um bom empreguinho, tipo letra “O”, ou no mínimo um pedaço bom de terra tirado a legítimos que as ocupam e desenvolvem.
Já é bem histórico que sucedendo a todo regime imposto com severidade, tenha lá ele a matiz que tiver, uma vez substituído, a orgia e esbornia costumam serem grandes. Haja visto a própria mudança na política mundial ocasionada pela revolução francesa, que de apoio à independência dos Estados Unidos, chegou a decapitar maioria de seus próprios líderes e ainda pariu Bonaparte.
Grande amigo, jornalista e comunicador famoso, diz ter ouvido do último fardado em cargo máximo em nosso país: “daqui a frente tudo seguirá a ambição e sanha dos políticos oportunistas”.
O civil que o sucedeu, ao ver promulgada a nova Constituição (88), não deixou por menos, dizendo:- “acabamos de criar um país ingovernável”.
Não deu outra…verdades comprovadas, até a histórias, se construíram novas “narrativas”.
Com isso o prejuízo será sempre não só da Nação, mas daqueles que vivenciam de forma presente e de muitas outras futuras gerações.
Ainda essa semana, assisti a uma bela apresentadora em canal da televisão jovem, em que alinhavava uma série de acidentes promovidos por nossa maior petroleira. Mais atento, tornei-me curioso, para saber onde ela queria e haveria de chegar.
Bem normal a qualquer empresa deste porte tal qual a ela, passar por momentos casuais e acidentais, não se chegando a transtornos e/ou significativos danos ao meio ambiente.
Nela só mesmo o meio ambiente interno de trabalho, que vez por outra fica tumultuado por indicações às ocupações de direções e gestões eminentemente técnicas, por apadrinhados e prática de compadrios.
Mas, nunca, jamais, permitiu acontecer desastres, tal qual a grande mineradora, causadora das maiores catástrofes ambientais das Américas com tantas vidas ceifadas.
Entretanto, a bonita comentarista apesar da chamada sinistra ao assunto(acidentes), foi chegando bem aonde queria chegar.
Abusando de sorrisos e simpatia, mostrava ser contrária a possível exploração de petróleo nas costas e mares brasileiros. Mais precisamente, a quinhentos e oitenta quilômetros da dita foz do rio Amazonas, que além de dizerem ser o maior rio do mundo, também agora recebe o título imaginário de maior desaguadouro fluvial do planeta.
Notável, como neste país se dá crédito a tanto desconhecimento, bobagem e falta de cultura sobre assuntos de tais envergaduras.
Mais curioso é que afirmam que o país não tem necessidade de tais recursos naturais. Chegam mesmo a dizer que vai chegar o tempo que nós, mesmo ainda terceiro mundo, teremos que buscar fontes alternativas de energia. Imagino que estejam a propagandear a compra e venda de carros elétricos chineses e “muskeanos”.
Espanto causa, que algumas variantes energéticas nomeadas por esse mesmo grupo “pregante”, também já foram descartadas há tempos, tais como hidroelétricas nos rios, Xingú (Belo Monte, prejudicada) e Tapajós (São Luiz, projeto paralisado).
Aí ficamos a pensar, assim sendo, ao se atingir expressivos números em consumo, onde pensam reabastecerem de energia, lares, hospital, educandários, indústrias, comércios e tantos veículos derramados? Tenho para mim que Lula diria que bem entre os glúteos. Mas, imagino que muito certo não dará, pela mistura dos ares de suas próprias flatulências exibidas em seus ideários.
O que temos muito a lamentar, procedendo a uma chata repetição é a falta de cultura, instrução e saber de gestores eleitos e nomeados a cargos administrativos.
Brasil,1970…oitenta milhões de habitantes em ação, salve a seleção tricampeã.
Brasil,2025…duzentos e doze milhões de habitantes, campeão não no futebol, mas na cama. Disputamos com o mundo asiático e mulçumano. Transamos adoidado.
Gente, gente, para cacete, deixando aos poucos que produzem, obrigações previdenciárias, sustento interno a milhões, com necessitados bastantes reais, e até a quem não faz jus a tais benesses. Em passos da vida, também la se vão tantos poucos a suprir de alimentos, um oitavo da população mundial.
É bom que não só nossa presidência saiba, mas também nossos políticos, que gente nova chega a minuto, de ventres ou para cá cruzando fronteiras, e grande maioria em direção as tetas do erário público. Seria prudente se estar surdo as baboseiras ditas por aqueles, cujas visões não seguem além de seus próprios olhos e seus interesses, impregnados de utopias e sonhos.
Deveriam responsavelmente saber o que tem a gerir, ordenar e desenvolver, substituindo a preguiçosa ordenação do não pode para como pode.
Sem sacanagem, o melhor conselho a se dar a muitos na sociedade nacional, buscando silenciar vivandeiras na televisão é que trepem com responsabilidade às consequências. Ou melhor…se distraiam com outra coisa.
Haverá de sobrar comida, hoje muito cara, e Lula não mais reclamaria.
BH/Macapá,16/03/2025
(*) Jose Altino Machado é jornalista
“A opinião de nossos colunista, cronistas e comentarista não refletem, necessariamente a opinião do jornal Diário de Minas”