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Dona Vírgula, essa desavergonhada, desafia o senhor Ponto, que tenta colocá-la no devido lugar
O Ponto, logo que entrou no recinto pôde perceber quais eram as intenções da Vírgula, e ela chegou a ficar com raiva e tratou de contrariar ainda mais o Ponto. Veja a que ponto a Vírgula chegou,
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07-12-2022
06h:48
Elisane Amaral*
A Vírgula, desassossegada que era, pulava de frase em frase, fazendo graça, fazendo pose, como se dona fosse, da oração inteira.
Um tormento.
O Ponto, quando adentrou o recinto, percebeu seu intento, e tratou de colocá-la em seu devido lugar, na vírgula.
Entretanto, como se Ponto fosse, a Vírgula encolerizou-se, totalmente e irrevogavelmente assim.
Danou-se!
E inventou um jeito um tanto infame (ou infantil) de polemizar. E tome Ponto e Vírgula; sim, assim, em tom afrontoso, pra escandalizar.
Desafiou frase, contexto e oração.
Clamou por cuidado em toda a expressão.
O Ponto, coitado, se submeteu.
Saiu magoado e quase acabado daquele problema.
Ponto pra Vírgula, que até hoje usa e abusa do dom: Fazer-se pausam como quem nada quer. Marcando presença e metendo a colher.
Ou a Vírgula.
*Graduanda em poeta/cronista, reikiana, louca por livro, andu, pinha e gabiroba. Sonhadora contumaz! Estuda Psicologia Clínica em UNIFIPMoc. Mora em Montes Claros, de Itacambira (MG).
Elisana é poeta nascida em Itacambira histórica, mas mora em Montes Claros
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