
Perdemos o controle! O diálogo ainda é a saída para curar a nossa democracia - créditos: divulgação
31-07-07-2025 às 09h09
(*) Anna Marchesini
A democracia é um sistema de governo que valoriza a liberdade de expressão e a participação cidadã. No entanto, muitos de nós estamos esquecendo que a democracia começa em nossas próprias comunidades, em nossas famílias e em nossos círculos de amigos. É nesses espaços que aprendemos a respeitar opiniões diferentes e a lidar com as discordâncias de forma pacífica.
Quando não somos capazes de escutar e respeitar ideias divergentes, criamos um ambiente de intolerância e divisão. Isso pode levar a conflitos e até mesmo à violência — como vemos em muitos casos de irmãos e amigos que se tornam inimigos por causa de discordâncias políticas.
O diálogo é fundamental para a democracia. É por meio dele que podemos compreender perspectivas diferentes e encontrar soluções para os problemas que enfrentamos. No entanto, muitos de nós estamos esquecendo a importância do diálogo e da escuta.
Como cidadãos, temos a responsabilidade de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. Isso inclui respeitar opiniões diversas e lidar com os conflitos de forma pacífica. Se não somos capazes de fazer isso em nossas próprias comunidades, como podemos esperar que nossos líderes o façam?
Se não aprendermos a respeitar as diferenças e a lidar com as discordâncias de forma civilizada, corremos o risco de perder a democracia. A intolerância e a divisão podem nos conduzir a uma sociedade autoritária e repressiva, onde a liberdade de expressão é limitada e a participação cidadã, restringida.
A democracia valoriza a liberdade e a participação, mas, para que funcione, é essencial que cultivemos o respeito e a escuta. Vamos marcar nossa época, não pelo silêncio, mas pelo diálogo e pela tolerância. Se não conseguimos ouvir quem pensa diferente dentro da nossa própria comunidade, como esperar que nossos líderes façam o mesmo?
É hora de refletir sobre o papel que estamos desempenhando na construção de uma sociedade mais justa e democrática.
(*) Anna Marchesini é professora e presidente do Instituto Elo de Ação Solidária