De fato e de direito, BH é a “Capital dos Bares”, informa uma pesquisa da Abrasel
O mineiro pode, dessa forma, se vangloriar dizendo: “Não temos mar, mas temos bar”, uma média de 12,5 bares por quilômetro quadrado, muito além das demais capitais brasileiras
18-08-2023 - 12h:32
Direto da Redação
“Capital dos Bares”! – este é o novo epiteto de Belo Horizonte, oficialmente revelado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), título auferido com base no recenseamento 2022, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A capital mineira concentra o maior número de botecos por pessoas e por quilômetro quadrado, 178,6 bares por 100 mil habitantes, muito mais do que o segundo colocado na pesquisa da Abrasel, Florianópolis (SC), com 150,4 por 100 mil habitantes e Vitória (ES), com 149,9 por 100 mil habitantes.
O mineiro pode, dessa forma, se vangloriar dizendo: “Não temos mar, mas temos bar”, uma média de 12,5 bares por quilômetro quadrado, muito além das demais capitais brasileiras, inclusive São Paulo, que possui 5,9 estabelecimentos por quilômetro quadrado e Rio de Janeiro, com 5,1 por quilômetro quadrado.
Claro que desde muito tempo os belo-horizontinos já tinham essa quase certeza de que aqui é a capital dos bares, mas faltava essa confirmação via pesquisa, o que acaba de acontecer com esse anúncio feito pela Abrasel.
José Eduardo Camargo, representante da associação diz que “o que a gente fez foi usar os dados do Censo 2022 e da Receita Federal para comprovar de forma oficial o que as pessoas já tinham de maneira informal”.
Ano passado, de conformidade com o levantamento realizado, a cidade possuía 4.136 botecos em Belo Horizonte, e uma população de 2,3 milhões de habitantes.
Camargo acha que a fama de BH possuir bares está relacionada “à função social dos bares e a própria história da cidade, muito nova, planejada para ser a capital de Minas” e os botecos são espaços onde as pessoas se encontram e se relacionam, independentemente de não ter mar. No fundo essa característica reflete a hospitalidade mineira e a sua propensão à boemia.
Segundo Camargo, o novo epíteto de BH é causa de impactos que refletem no crescimento econômico e turístico da cidade, que, não possui mar, mas ao redor várias são as opções de cachoeiras e quedas d’água.