
O mundo observa, com apreensão, cada movimentação militar e diplomática. CRÉDITOS: Reprodução
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17-06-2025 às 10h15
Direto da Redação*
O conflito entre Irã e Israel atingiu, nesta semana, um dos momentos mais críticos das últimas décadas, elevando o risco de uma escalada militar sem precedentes no Oriente Médio. Nos últimos dias, o governo iraniano reivindicou um ataque direto contra um centro de inteligência em Tel Aviv, aumentando ainda mais a tensão diplomática e militar entre os dois países. A ofensiva ocorre como resposta aos bombardeios realizados por Israel contra alvos estratégicos no Irã, incluindo bases militares e instalações ligadas à Guarda Revolucionária.
O cenário se agravou após o lançamento, no último dia 13, de mais de 150 mísseis e cerca de 100 drones iranianos contra território israelense. A operação, batizada de “Verdadeira Promessa III” pelo governo do Irã, causou destruição em áreas civis, além de deixar mortos e feridos. Israel respondeu imediatamente, bombardeando instalações militares em solo iraniano e reforçando seu sistema de defesa. A troca de ataques gerou reações preocupadas na comunidade internacional, que teme que o confronto ultrapasse as fronteiras dos dois países e envolva outras nações da região.
Além dos impactos diretos sobre a população, a escalada do conflito já começa a afetar os mercados globais. O preço do petróleo disparou nas últimas 48 horas, refletindo o temor de que o estreitamento no Estreito de Ormuz — por onde passa cerca de 30% do petróleo mundial — seja utilizado como arma geopolítica pelo Irã. Esse movimento pressiona a inflação global, especialmente em países dependentes da importação de combustíveis fósseis.
No campo diplomático, a situação também se deteriora. Durante a cúpula do G7, realizada no Canadá, líderes das principais potências mundiais pediram que ambas as nações recuem imediatamente para evitar uma tragédia de maiores proporções. Apesar disso, Israel reforçou seu direito de se defender, enquanto o Irã manteve uma postura desafiadora, sugerindo que sua capacidade militar — inclusive com possíveis armas nucleares — faz parte de sua estratégia de dissuasão, embora não haja confirmação oficial sobre o domínio desse tipo de armamento pelo regime iraniano.
Os Estados Unidos, por sua vez, anunciaram a retirada de parte do corpo diplomático da região e reforçaram a presença de porta-aviões e tropas no Golfo Pérsico. A administração americana, sob comando do presidente Donald Trump, afirmou que não deseja um conflito ampliado, mas não deixará de proteger seus aliados estratégicos, como Israel, caso as hostilidades avancem para um patamar mais grave.
Enquanto isso, organizações internacionais, como a ONU e a Cruz Vermelha, já começaram a mobilizar esforços para atender a possíveis vítimas civis, prevendo a deterioração das condições humanitárias nas regiões afetadas. Analistas de segurança alertam que, se não houver uma intervenção diplomática eficaz nas próximas semanas, o conflito pode se transformar em uma guerra regional, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e da economia mundial.
O mundo observa, com apreensão, cada movimentação militar e diplomática. A expectativa é de que as conversas de bastidores, mediadas por potências como China e Turquia, consigam evitar que o conflito saia do controle. No entanto, até o momento, as trocas de acusações e as operações militares continuam, deixando evidente que o equilíbrio no Oriente Médio permanece extremamente frágil.