Conselho de Mobilidade Urbana quer consulta pública para projeto na Avenida Afonso Pena
A questão que está “pegando”, como se diz, é que estão previstas interferências urbanas que podem prejudicar quem é o mais interessado, o pedestre e a arborização da cidade.
Direto da Redação
20-11-2022
06h:21
Apresentar antes, publicamente, o projeto de revitalização ou requalificação da Avenida Afonso Pena, na capital mineira. É isto que o Conselho de Mobilidade Urbana quer da Superintendência de Mobilidade da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) por meio de uma correspondência enviada, dia 18, pedido procedente, já que nada foi discutido com o povo.
Como o processo está em fase de consulta pública ainda, o que Conselho de Mobilidade Urbana argumenta na correspondência enviada, são questões que devem ser discutidas com a população, a exemplo dos cortes de árvores, a redução de calçadas e as travessias, que, na opinião do conselho pode prejudicar bastante para os pedestres.
Ao Estado de Minas, o professor da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Para o professor Roberto Andrés, da Escola de Arquitetura da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, segundo ele disse ao Estado de Minas, que o entrevistou, a mobilidade de pedestres está entre as questões mais importantes a serem discutidas.
O professor acredita que a PBH acatará a proposta do conselho, apesar de que ainda não deu uma resposta, mas como o projeto é de toda a cidade, importante é o seu avanço a fim de ser viabilizado.
As obras a serem feitas nessa via, a espinha dorsal de Belo Horizonte, foram anunciadas no mês de agosto passado, mas causou choques com a preservação do patrimônio público histórico e gerou problemas quanto a arborização urbana.
A BHTrans é idealizadora do projeto considerado de grande importância porque o Centro da capital está carecendo de uma requalificação. Com a implantação dele, haverá alterações na geometria dos quarteirões fechado e em cruzamentos da Afonso Pena com as avenidas do Contorno, Getúlio Vargas e Brasil. Parece que é aí a coisa está pegando.
As obras de requalificação do Centro de BH vão significar 4,2 quilômetros de interferências na principal avenida da cidade, a partir da Praça da Rodoviária, chamada Rio Branco, no Centro, alcançando a Praça da Bandeira.