Conflito entre PBH e a CMBH está acirrado e sem um consenso, a previsão é de que será decidido na Justiça
O presidente da Câmara, vereador Gabriel Azevedo, protocolou um projeto de resolução por meio do qual pretende anular o decreto do prefeito que aumentou a tarifa para de R$ 4,50 para R$ 6.
25-04-2023 - 08h:09
Direto da Redação
Está mais do que declarado o conflito entre a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) e a Prefeitura Municipal de BH (PBH), tudo por causa das passagens de ônibus urbanos, que, de R$ 4,50 passaram a R$ 6,00 desde domingo, 23.
Gabriel Azevedo, presidente da Câmara protocolou um projeto de resolução, nesta segunda-feira, 24, por meio do qual quer anular o decreto do prefeito Fuad Noman (PSD) que elevou a tarifa dos ônibus para R$ 6.
O ato de protocolar o projeto não quer dizer que esteja aprovado e é a partir disso que está declarada a guerra da CMBH contra a PBH e vice-versa, porque uma comissão será formada em até cinco dias para cuidar do assunto. Obtendo 21 votos, o projeto de resolução estará aprovado. E assim sendo, o preço da tarifa voltará aos R$ 4,50. Tudo indica que a contenda irá chegar à Justiça.
O aumento das passagens de ônibus se deu semana passada depois de uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Para a PBH, o aumento da tarifa segue até que a CMBH aprove subsídio da PBH de meio milhão de reais para as empresa concessionárias, com o que o vereador Gabriel discorda porque não prevê contrapartida das empresas.
A própria PBH recorreu da decisão do TJMG que havia concedido o aumento da tarifa para R$ 6,90 e ficou decidido que as partes buscariam um consenso, o que não aconteceu até então e os prejudicados são os usuários dos ônibus.
O presidente da Câmara ficou de se encontrar com o prefeito Fuad Noman nesta terça-feira, para propor contrapartidas a fim de que possa aprovar o subsídio de meio milhão de reais, que teve parcela grande de contribuição nesse imbróglio.