Uma faixa com recado para os motoqueiros que abusam de suas máquinas para incomodar a comunidade foi instalada em ponto de destaque no Bairro Paulo VI, em Belo Horizonte
27-12-2024 às 08h52
Direto da Redação
Quando a gente diz que as instituições mineiras e brasileiras de modo geral estão vivendo um processo de falência generalizada, não estamos falando pelos cotovelos, porque os exemplos estão aí, no dia a dia, basta possuir olhos de ver e de fazer a leitura do que vê.
Falamos aqui sobre o avanço político do PCC, ao ponto de acabar com as rebeliões nos presídios, impondo a sua ordem com integrantes do chamado “crime organizado”, onde mandam mais do que os oficiais da polícia judiciária.
Eis que surgiu mais um exemplo antecedente as festas natalinas.
Cansados do incômodo provocado por motoqueiros, os moradores do Bairro Paulo VI, região Nordeste de Belo Horizonte, em uníssono resolveram expor uma faixa em ponto de destaque, com os dizeres seguintes: “Proibido tirar de giro, chamar no grau, moto sem descarga e trazer moto roubada na comunidade. Sujeito a cacete. Não vamos aceitar essas coisas na comunidade”.
Evidentemente, se a comunidade do Bairro Paulo VI chegou ao ponto de ter de expor uma faixa com esses disseres, é por que tentou de tudo para acabar com os abusos que alguns motoqueiros costumam fazer. E não é só lá no Bairro Paulo VI, mas em outros também, como o Santo Antônio, na Zona Sul da capital, principalmente na Rua Professor Aníbal de Matos, próximo da Vila Estrela.
Motoqueiros estão chamando “no grau” e não querem nem saber se incomodam, demonstrando que o poder é deles e fazem bem o que quiserem. Além disso, aumenta a insegurança de quem transita pela via, que de uns anos para cá tornou-se fundamental para o escoamento do tráfego de veículos automotores que vêm dos bairros Santa Lúcia e São Bento.
E por falar na Rua Professor Aníbal de Matos, os moradores têm a impressão de que o prefeito Fuad Noman II (PSD) não gosta daquela via porque ele recapeou o asfalto das ruas adjacentes, mas a referida via, apesar da sua importância, continua com o asfalto de 30 anos atrás, todo remendado e até perigoso.
Principalmente nos horários de pico, tanto na parte da manhã, ao meio-dia e no final da tarde, a movimentação é intensa, chegando a causar engarrafamento de trânsito e o buzinaço começa.
Daqui a pouco, com a ausência de representantes do BHTrans para fazer valer as placas de estacionamento proibido e o asfalto mal remendado, o exemplo dos moradores do Bairro Paulo VI poderá ser imitado.