
Créditos: Divulgação
17-10-2025 às 09h00
Direto da Redação*
Pesquisa “Contratação de Temporários”, realizada pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG, apurou que 7,2% das empresas do estado devem buscar mão de obra extra no final deste ano. O percentual ficou abaixo das intenções de contratação de 2024, quando 10,4% das empresas sinalizavam para a admissão de funcionários temporários. Neste ano, 90,9% das empresas não devem contratar.
Fora um percentual de 51,5% de empresas que informaram que não contratam por período determinado, 34,5% delas afirmaram dispensar a contratação temporária tendo em vista que a equipe atual é suficiente para dar conta do aumento do fluxo de final de ano.
Outras empresas indicaram que a opção pela não admissão de temporários se deve às dificuldades que encontram ao buscar a mão de obra. Para 37,8% a falta de experiência dificulta a contratação.
Já a falta de capacitação dos candidatos foi citada por 32,4%, sendo que 24,3% das empresas indicam que a dificuldade de contratar é devida à falta de profissionalismo e um percentual de 10,8% admite dificuldade para reter a mão de obra.
As empresas que contrataram no ano passado e irão contratar esse ano somaram 4,2% do total, enquanto 3,2% não contrataram no ano passado e pretendem contratar esse ano. Já 89,4% delas não realizaram contratações no ano passado e não o farão neste ano. Em média, as empresas que indicaram contratação esse ano, irão admitir dois funcionários temporários. No geral, a intenção de contratação citada foi de uma a dez pessoas no máximo.
Conforme 80,0% das empresas contratantes, a oferta de vagas será para uma função; 16,7% contratarão para duas funções e 3,3% abrirão vagas para três funções. A quantidade de vagas ofertadas neste ano, frente ao ano anterior, será igual para 58,8% dessas empresas, menor para 29,4% delas e maior para 11,8%.
As funções requisitadas somam 63,3% para vendedores, 16,7% para operadores de caixa, 13,3% para estoquistas e 10,0% para atendentes. Parte das empresas informou que a chance de contratação é média (36,8%) e alta (31,6%). Janeiro deve ser o mês principal para a efetivação (41,2%), seguido do mês de dezembro (38,2%).
Atualmente, 27,1% das empresas do comércio de Minas Gerais estão com vagas em aberto para o quadro fixo. Em relação a vagas nos últimos 12 meses, 57,8% não tiveram oportunidades para o quadro fixo e 41,8% tiveram. Para 21,1% das empresas, houve dificuldades para contratar, porém conseguiram preencher as vagas e 3,4% tiveram dificuldades e não as preencheram.
Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, explica que a menor expectativa de contratação de temporários pode estar atrelada a um cenário de cautela no varejo mineiro. “A menor expectativa de contratação de temporários pode estar atrelado a fatores como a desaceleração do consumo, reflexo da renda comprimida e do elevado nível de endividamento das famílias, que limita expectativas de aumento expressivo no fluxo de clientes no fim do ano. Além disso, a pesquisa aponta que 34,5% das empresas consideram sua equipe atual suficiente, o que sugere que os empresários do comércio varejista de Minas Gerais estão com projeções mais conservadoras quanto à demanda de final de ano”, ressalta Martins.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.
Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para o setor e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.