
Créditos: Divulgação
09-09-2025 às 11h17
Direto da Redação*
De acordo com a pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), analisada pelo núcleo de Pesquisa & Inteligência da Fecomércio MG, e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), em Belo Horizonte, o indicador aumentou 1,2 ponto indo a 90,7 pontos em agosto. A intenção de consumo das famílias apresenta elevação ininterrupta desde maio na capital e a intenção de comprar nos próximos meses teve alta de 12,1 pontos em comparação com agosto de 2024.
A segurança com o emprego atual atingiu 102,1 pontos em agosto, sendo 1,7 ponto acima do mês de julho (110,4), mas ainda 23,8 pontos abaixo que no mesmo período do ano passado. Em agosto, 28,2% das famílias sentiam-se mais seguras no emprego e 42,5% sentiam-se tão seguras quanto no ano passado.
A perspectiva de melhora da renda do chefe de família nos próximos seis meses teve queda de 1,1 ponto levando o indicador a marcar 101,6, resultado que é superior em 1,2 ponto ao obtido na mesma época em 2024. Para 47,4% dos entrevistados, haverá melhora nos próximos seis meses, eram 47,9% no mês anterior. A expectativa positiva é maior entre as famílias com renda superior a 10 salários- mínimos (64,5%). Já entre as famílias com renda inferior a 10 salários, 48,8% não acreditam que haverá melhora e 44,7% acreditam que haverá.
Na comparação com igual período do ano passado, a renda atual está melhor para 26,1% dos entrevistados e igual ao ano passado para 47,1%. O indicador de renda atual subiu 1,9 ponto em agosto, ficando próximo do nível de satisfação aos 99,4 pontos.
O indicador de acesso ao crédito chegou aos 86,8 pontos no mês de agosto, tendo subido 4,1 pontos na comparação com julho, ainda assim 2,2 pontos abaixo do verificado em mesmo período do ano passado. Para 41,3% dos consumidores, está mais difícil conseguir empréstimo/crédito para comprar a prazo, em comparação ao ano passado.
O indicador do nível de consumo atingiu 76,4 pontos, sendo 2,1 pontos inferior ao obtido na última análise (78,5) e 4,0 pontos abaixo do obtido no mesmo período do ano passado. Conforme 48,9% dos entrevistados, a família está comprando menos, em comparação ao ano passado. Segundo 25,2%, a família está comprando mais atualmente.
A perspectiva de consumo em Belo Horizonte teve crescimento de 4,0 pontos levando o indicador a 115,2 pontos em agosto; 12,1 pontos acima do observado no mesmo período de 2024. Para 40,1% dos entrevistados, eles irão consumir mais nos próximos meses do que consumiram no segundo semestre do ano passado.
A pesquisa indica que a intenção de consumo de bens duráveis teve recuo, de 53,9 pontos em julho para 53,8 pontos. Esse resultado é 7,9 pontos abaixo do verificado em mesmo período de 2024. De acordo com 72,6% dos entrevistados, atualmente é um mau momento para a compra de bens duráveis.
Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, destaca que apesar de alguns fatores negativos, tais como as altas taxas de juros, o aumento da intenção de consumo das famílias em Belo Horizonte pode ser explicado por uma série de outros fatores econômicos positivos como, por exemplo, o mercado de trabalho aquecido. “A melhora na percepção de segurança no emprego e o aumento da renda atual contribuem para maior confiança dos consumidores. Mesmo com queda na expectativa de renda futura, especialmente entre famílias de menor renda, o cenário geral aponta para uma retomada gradual do consumo, impulsionada por maior estabilidade no mercado de trabalho e recuperação da renda”, explica Martins.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.
Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para as empresas e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.