Direto da Redação

25-11-2022

08h:43

Manoel Botelho*

Estou acabando de ler e achando sensacional, de muita qualidade, a biografia de Hélio Garcia, escrita por um jornalista talentoso, que lutou muito na vida, bom repórter, graduado em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutor em Sociologia da Informação pelo Instituto Francês da Ciência da Informação da Universidade de Paris II Sorbonne.

O autor do livro é Itamar de Oliveira - que escreve com originalidade, leitura muito agradável, a vida desse político que reinou bom tempo - como deputado, prefeito e governador na política de Minas e do País. Um homem adorado pelos jornalistas, pelo povo, pela elite e pelos próprios políticos; claro, não existe nada perfeito, tinha poucos - mas ferozes inimigos.

“Pergunta pra dona Marta Rocha se sou namorado dela” – uma das tiradas dele quando falavam do seu namoro com ela.

Itamar, nas 470 páginas, discorre com maestria, igual mestre já que foi professor na Universidade Federal de Minas, hoje aposentado, quando teve tempo para realizar a sua obra que demorou 5 anos em pesquisas e ouvindo centenas de políticos desde vereadores até vários presidentes, ministros, gente pobre, rica, amigos, empregados da fazenda de Hélio Garcia, pessoas da terra dele, a cidade de Santo Antônio do Amparo, sul de Minas.

O autor do livro cria com originalidade um diálogo entre ele e o personagem – vai tocando com gosto e jeito, envolvendo outras pessoas na conversa, que levanta, põe nas alturas, a boa biografia, que resumidamente por um grande homem de artes visuais, de palco, baseando-se nos diálogos, pode-se se transformar em um belo filme, uma grande e espetacular peça de teatro de vanguarda - até mesmo uma série de TV. 

Alongar mais, não quero, escreveria com certeza outro livro, pois a biografia do Dr. Hélio Garcia, riscada por Itamar de Oliveira, se torna das maiores e das mais importantes obras biográficas dos nossos tempos. E Hélio Garcia, por ser das melhores almas, de coração bom, que vi num político, merecia esta obra para marcar a sua vida com a mesma dignidade que teve em vida.

A vida de um político que respeitava a “coisa” pública, o eleitor, que deixou saudade, marcou existência pela empatia – ganhamos nós porque ele deixou de ser um “fazendeirão” para se transformar em político, filho de importante fazendeiro - Júlio Garcia, do sul de Minas.

Falar de Hélio Garcia é falar da arte mineira de fazer política.

E você – Itamar - soube mostrar isso com lucidez, reportando tudo - como grande repórter e intelectual estudado - neste belo livro - que já nasceu sucesso e para o sucesso.

*Manoel Botelho é jornalista, escritor, autor do livro recém-lançado, “Escritos de vida e de Esperança”.