Na Universidade Federal de Lavras (Ufla) uma pesquisa com as cascas de apresentaram potencial para substituir o uso de grafite em baterias, com a vantagem de ser sustentável
29-01-2025 às 10h05
Direto da Redação
Do café mineiro, que o mundo inteiro consome, nada se perde, nem mesmo as cascas, que pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla), orientados pelo professor Gustavo Tonoli, desenvolveram como alternativa mais sustentável e econômica de produzir carbono, por intermédio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Biomateriais.
As informações foram baseadas no Portal da Ciência da Ufla. Cascas de café são ricas em carbono e possuem potencial para substituir o grafite na fabricação de baterias para celulares e computadores, com a vantagem de ser menos poluente e mais econômicas.
Caso essa alternativa seja usada para substituir a exploração de grafite, brinquedos elétricos, veículos, celulares movidos a bateria vão chegar às mãos dos consumidores com bateria dotada de carbono retirado de cascas de café.
Evidentemente, depois dessa informação, o que vai acontecer com o café mineiro, o melhor do mundo, será produzido em quantidade maior para haver oferta maior de tudo, inclusive de cascas para produção de carbono.
Os cafeicultores irão agregar valor à produção de café, como afirma Ianca Oliveira Borges, a responsável pela pesquisa, doutoranda da Ufla.
Por tudo, o aproveitamento das cascas de café certamente ocupará o espaço socioeconômico, porque contribui para a retirada de detritos que iriam para o lixo.
A pesquisadora submeteu as casacas de café ao processo de carbonização, isto é, aqueceu em fornos de altas temperaturas, em cerca de1.300 graus, com o fito de aumentar o percentual de carbono presente no material. Resultado, o biocarbono obtido a partir desse processo alcançou nível de composição de carbono de quase 90%.
A pesquisadora afirma que “Só com a casca de café”, não se consegue as propriedades do grafite. “Então, para obter um material mais eficiente, decidimos incluir o nióbio nos experimentos”. Mesmo não sendo “um material sustentável”, mas considerando o fato de aqui haver reservas desse mineral”.
Mas com os estudos realizados podem servir de base para o desenvolvimento de baterias de pequeno porte, capazes de serem aplicadas em brinquedos, celulares e computadores.
A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade de Toronto, no Canadá, sob a orientação dos docentes Mohini Sain e Otávio Titton Dias.
Ianca fez no ano passado o chamado “doutorado-sanduíche” durante seis meses para o desenvolver o experimento relacionado à bateria sustentável.