
concessão de 19 blocos de exploração de petróleo e gás natural na Bacia da Foz do Amazonas. CRÉDITOS: Reprodução
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20-06-2025 às 08h44
Direto da Redação*
O governo federal oficializou, nesta quarta-feira (18), a concessão de 19 blocos de exploração de petróleo e gás natural na Bacia da Foz do Amazonas, no litoral norte do país. A rodada, conduzida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), arrecadou cerca de R$ 989 milhões e deve atrair mais de R$ 1,4 bilhão em investimentos anuais nos próximos anos.
As áreas foram arrematadas por grandes petroleiras, incluindo a Petrobras, e representam a maior arrecadação de uma rodada de licitações offshore no Brasil até o momento. O governo comemora o resultado como um avanço no desenvolvimento da região amazônica e na expansão da matriz energética nacional.
Entretanto, a medida provocou reações negativas de ambientalistas e lideranças indígenas. Críticos apontam que a exploração ameaça ecossistemas sensíveis e contraria compromissos ambientais assumidos pelo país, especialmente às vésperas da COP30, marcada para ocorrer em Belém, capital paraense, no fim do ano.
A polêmica também gerou tensão dentro do próprio governo, dividido entre o discurso de transição energética e a busca por crescimento econômico acelerado. Organizações da sociedade civil prometem pressionar para que as licenças ambientais sejam rigorosamente avaliadas antes do início das atividades.