
FMI - Fundo Monetário Internacional - créditos: divulgação
30-07-2025 às 09h00
Soelson B. Araújo
Segundo relatório recente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil sofreu uma queda expressiva em sua posição global no ranking de seu PIB per capita ajustado pela paridade do poder de compra (PPC). Entre 1980 e 2024, o país despencou da 48ª para a 87ª colocação, evidenciando um empobrecimento relativo diante do desempenho de outras economias.
Embora o PIB per capita brasileiro tenha crescido em termos absolutos, o ritmo desse avanço foi insuficiente frente ao progresso de outras nações. Paralelamente, o aumento acelerado do custo de vida agravou a perda de competitividade econômica do país. O estudo do FMI, divulgado por veículos como a revista Consumidor Moderno e compartilhado em redes sociais, reforça que o Brasil se aproxima perigosamente da metade mais pobre da população mundial.
Ainda que reconheça avanços recentes na economia brasileira, como a redução da inflação e do desemprego, o relatório chama a atenção para uma tendência estrutural preocupante: a estagnação relativa. O Brasil não apenas perdeu posições no cenário internacional, como também parece caminhar em direção a um futuro de menor protagonismo econômico.
Os dados do FMI deveriam servir como um sinal de alerta claro para formuladores de políticas públicas. É preciso ir além de conquistas pontuais e investir em reformas estruturais que promovam produtividade, inovação e educação de qualidade. Sem uma mudança de rota, o país corre o risco de se acomodar em uma trajetória de irrelevância econômica, desperdiçando seu potencial diante de um mundo que avança rapidamente.
Segundo previsões do FMI – Fundo Monetário Internacional, Brasil só terá superávit em 2027
(*) Soelson B. Araújo é empresário, jornalista, escritor e Ceo do Diário de Minas