
A armada brasileira, vai cooperar com a Comissão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), órgão português dedicado ao tema - créditos: Revista Sociedade
18-10-2025 às 16h00
Direto da Redação
Comando da Marinha do Brasil estendeu a mão para o comando da Marinha de Portugal, que busca conquistar direito sobre a plataforma continental. Em fase adiantada nessa busca, os portugueses querem estender os limites exteriores da sua plataforma continental para além das 200 milhas náuticas. O movimento deles ganhou aliado de peso: o Comando da Marinha do Brasil.
Por determinação do Comandante da armada brasileira,
A Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) por determinação do Comandante da armada brasileira, vai cooperar com a Comissão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), órgão português dedicado ao tema.
Afinal, o que está em jogo a essa altura são os direitos soberanos sobre o leito e o subsolo marinho, tais como recursos minerais e outros, além das 200 milhas, segundo critérios geológicos e geomorfológicos definidos em acordos internacionais.
Essa mesma questão, mas no caso do Brasil é outra coisa: acaba de ser confirmados mais 360 mil quilômetros quadrados em sua plataforma. Com longo histórico no tema por meio do LEPLAC (Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira) o Brasil obteve recomendações favoráveis da Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), em 2025, para a Margem Equatorial — cerca de 360 mil km² adicionais de área de plataforma continental sob direitos soberanos.
Além do acerto específico aqui tratado, Portugal e Brasil aprofundam a cooperação naval e tecnológica. Ano passado, as marinhas reforçaram acordo de cooperação (sistemas não tripulados, tecnologias disruptivas, navegação).
Neste ano, aconteceu uma reunião formal de Estados-Maiores no Rio, consolidando a pauta bilateral. Isso mostra o grau de confiança que facilita a cooperação hidrográfica e geocientífica.