Créditos: Divulgação
03-11-2025 às 10h12
Sérgio Moreira*
O BH Airport realizou um Exercício Simulado de Emergência em Aeródromo (ESEA), envolvendo o acidente com uma aeronave Airbus A320, com 142 passageiros e 6 tripulantes a bordo, em voo alternado para o terminal internacional mineiro. A simulação é uma ação preventiva, exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), conforme a RBAC 153 – item 153.331, e tem como objetivo testar o Plano de Emergência do BH Airport e aprimorar a capacidade de resposta das equipes de segurança, saúde, comunicação e operação em situações críticas, assegurando coordenação, agilidade e eficiência nos atendimentos às vítimas e familiares.
“A segurança é a nossa principal regra do jogo, e o simulado é uma oportunidade de exercitar a integração entre todas as equipes e instituições envolvidas no atendimento a uma emergência aeronáutica, buscando garantir um atendimento rápido e seguro”, ressalta o COO do BH Airport, Rodrigo Côrtes. “Nesse sentido, avaliamos a coordenação entre o Centro de Operações de Emergência (COE), Seção Contra Incêndio (SESCINC), Serviço Médico de Emergência (SME), Centro de Operações (APOC), Posto de Coordenação Móvel (PCM), operadores aéreos e órgãos externos, além da comunicação em situações de falha técnica e remoção de vítimas”, acrescenta Côrtes.
O exercício também incluiu a ativação do Núcleo de Gerenciamento de Emergência (NGE) do BH Airport e centros de atendimento a ilesos, familiares e imprensa. As vítimas foram interpretadas por alunos da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), reconhecida pelo alto grau de realismo em simulados. O atendimento hospitalar foi conduzido pelos parceiros Mater Dei (Belo Horizonte), Policlínica Mãe Quita (Confins) e Hospital Lindouro Avelar (Santa Casa de Lagoa Santa), com transporte terrestre e aéreo das vítimas.
“Participar de um simulado de trauma dessa dimensão no BH Airport é um reconhecimento importante do trabalho que realizamos na formação dos profissionais de saúde. Essa iniciativa fortalece o aprendizado e a prática, integrando ensino e saúde”, afirma o professor José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho, reitor da Feluma/FCM-MG. “Esta é uma oportunidade de aprendizado singular. A atividade tem alto valor pedagógico, pois desenvolve habilidades técnicas, comunicação efetiva e tomada de decisão sob pressão, competências fundamentais para profissionais de saúde comprometidos com a sociedade”, complementa a professora Cláudia Laranjeira, diretora-geral da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.
“A capacitação contínua por meio de simulações é vital para que nossas equipes estejam prontas para agir com precisão e agilidade em cenários de grande impacto, como acidentes aéreos. Nosso objetivo é salvar vidas e minimizar os danos em situações críticas e cenários de alta complexidade, demonstrando que a capacidade de resposta rápida e eficiente pode significar a diferença entre a vida e a morte”, assinala o responsável técnico pelo SAMU da região Macro Centro, Daniel dos Santos Fernandes, reforçando que a atuação conjunta com o BH Airport e demais órgãos é fundamental para aprimorar o atendimento pré-hospitalar e o resgate em massa.
De acordo com a gerente corporativa da Qualidade da Rede Mater Dei, Marília Corrêa, a participação em simulados desse porte é fundamental para testar o Programa de Emergências Sistêmicas e garantir uma resposta segura e estruturada em ocorrências, tanto externas quanto internas. “Estamos preparados para atuar em situações de crise, contando com uma equipe capacitada e em constante atualização, alinhada ao nosso cronograma de treinamentos institucionais”, esclarece.
“Mobilizamos cerca de 400 profissionais neste simulado, destacando a sinergia de uma ampla estrutura técnica e operacional”, esclarece o COO do BH Airport. Além da Faculdade Ciências Médicas e do SAMU, o simulado envolveu o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), Defesa Civil, Polícia Federal, Força Aérea Brasileira (FAB), Polícia Militar (PMMG), Polícia Civil (PCMG), Anvisa, LATAM Airlines, Med Mais, IML BH, COMAVE/PMMG e COPOM/PMMG. “Essa integração é essencial para que, em uma eventual emergência real, todos saibam exatamente como agir, com rapidez e eficiência”, conclui Rodrigo Côrtes.
Com localização estratégica e um dos principais hubs do país, o BH Airport atende cerca de 70 destinos nacionais e internacionais. Desde 2014, o aeroporto é administrado por uma concessão, formada pela Motiva, uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e por Zurich Airport, operador do Aeroporto de Zurich, o principal hub aéreo da Suíça e considerado um dos melhores aeroportos do mundo, além da Infraero, estatal com experiência de mais de 50 anos na gestão de aeroportos no Brasil.
Coluna Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira
@sergiomoreira63
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