Um dos grandes benfeitores de Montes Claros será lembrado hoje no sítio “Tira-Teima” pelo seu centenário de nascimento. Um livro sobre ele será lançado, intitulado, “Marão”
Na velocidade dos nossos tempos informáticos, as gerações mais novas podem não estar se ligando na importância daquelas pessoas que fizeram a base do desenvolvimento socioeconômico e cultural de Montes Claros. Espero que as informações sobre a importância desses personagens estejam sendo disseminadas nas escolas do ensino “Fundamental”, como aconteceu naqueles memoráveis anos do ensino “Primário”, no então Grupo Escolar Gonçalves Chaves, na Praça João Alves, lugar onde se iniciou a “revolução de 30”.
A novas gerações de Montes Claros precisam saber quem foram os cidadãos montes-clarinos como Mário Ribeiro e seu irmão o professor Darcy Ribeiro; médico, historiador e folclorista Hermes de Paula; o médico e escritor João Valle Maurício; o empresário Luiz de Paula Ferreira; o jornalista Wandyr de Senna Batista e outros mais.
A intenção, nesta ocasião, é falar de um deles, Mário Ribeiro – “Marão” – que no dia de hoje, 20 de setembro do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2024, completa 100 anos de seu nascimento e, certamente estará no meio de nós, não fisicamente, porque ele se foi em 1999, aos 75 anos. Ele foi prefeito de Montes Claros de 1989 a 1992.
As pegadas dele estão por todos os quadrantes de Montes Claros, e é sobre isso que as gerações atuais precisam saber para que possam ter a emoção de imitar os bons exemplos e dar continuidade à evolução da população de Montes Claros, de Minas Gerais e do Brasil.
Na saúde, na cultura, no cinema, na política, nos esportes, na economia, as pegadas dele – e de outros citados – são provas concretas de que Montes Claros chegou ao nível em que está, como uma das cidades mais desenvolvidas de Minas Gerais e se mantém como um polo para um número crescente de gente de todos os lugares do nordeste brasileiro, graças ao empenho dessa gente de verdadeiro espírito público. Vieram a este plano terreno para isto.
Depois de 52 anos fora de Montes Claros, posso confessar publicamente que, hoje, não teria saído da minha terra, onde tive o privilégio de nascer pelas mãos de Irmã Beata. Montes Claros tem de tudo e de fato é a capital do Norte de Minas, não de direito, ainda.
Mário é “Marão” porque fisicamente era grande, mas a estatura dele se podia medir da testa para cima, como fazia o baiano Rui Barbosa, talvez porque era de baixa estatura, o que não é o caso do personagem sobre o qual é bom falar.
O atual prefeito de Montes Claros, que fez e continua fazendo uma boa administração e figurará no rol dos melhores – Humberto Souto – soube reconhecer a importância de Marão ao dar o nome dele ao Aeroporto de Montes Claros, com a instalação de um busto do benfeitor, em dezembro de 2020. O nome dele está também no Hospital da Clinicas Dr. Mário Ribeiro.
Pois então, é intitulado “Marão” o livro e será lançado, hoje, no sítio da família, o “Tira-Teima”, na região da Malhada Santos Reis, de onde ele contemplava, em meio à sua inquietude característica, o Sol se pôr, como no livro de Antoine Saint Exupery fazia “O Pequeno Príncipe”.