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Anderson Torres é recebido por um delegado da PF, ao desembarcar, e preso

Anderson Torres é recebido por um delegado da PF, ao desembarcar, e preso

Sobre ele pesam acusações e de ter sido omisso, negligente e convivente com os bolsonaristas terroristas. E mais: uma minuta de documento que dissolveria o TSE e consumaria o golpe.

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Direto da Redação

14-01-2023

09h:29

Logo depois que o avião procedente de Miami aterrizou no Aeroporto de Brasília, às 7h15 deste sábado, 14, e o ex-ministro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres desembarcou, um delegado da Polícia Federal o esperava e deu-lhe voz de prisão. Ele foi conduzido para a sede da Polícia Federal e levado a uma sala onde os seus advogados o aguardavam.

O ex-ministro do governo Bolsonaro seria encaminhado para o exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal, e, em seguida, foi levado para o Batalhão da Polícia Militar, em Guará, onde ficará preso até ser decidido o destino dele, certamente, depois de prestar declarações sobre os crimes a ele imputados.

Foi o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes que mandou prender Torres, a pedido do diretor-geral da Polícia Federal, sob a acusação de ter sido omisso, negligente e convivente com os bolsonaristas terroristas que depredaram o interior das sedes do Três Poderes, no DF, domingo passado.

Nesta semana, numa incursão à residência dele, em Brasília, com ordem judicial em mãos, policiais federais encontraram a minuta de um documento que destituía o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e criava uma comissão encabeçada pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonoro, que inverteria os resultados das eleições vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva, e tomaria assim o poder.

Com base na minuta do documento, o ministro Alexandre de Moraes incluiu o ex-presidente nas investigações dos atos terroristas devido às fortes suspeitas de que ele tenha estimulado os atos, inclusive postando na internet e retirando em seguida a postagem, pondo em dúvida os resultados das eleições, o que foi interpretado como um código para que os seus seguidores fizessem o que estava previsto, isto é, a invasão dos Três Poderes.

Diante das notícias, o dia de hoje promete ser movimentado em Brasília, e na medida em que as declarações do ex-ministro forem divulgadas. A partir disso, o ministro Moraes dará sequência às apurações, que, segundo suspeitas, irão na direção do ex-presidente, que, se não deixar os Estados Unidos por si mesmo, corre o risco de ser extraditado a pedido de 41 deputados norte-americanos, que veem como indesejada a presença dele no país.

Imagem da Galeria O ex-ministro, de máscara, quando embarcava no Aeroporto de Miami para o Brasil
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