Alto como está o quilo da banana, daqui a pouco vai alcançar a cotação do ouro no mercado mineiro
De repente o preço foi para as alturas e a explicação dada pela Ceasa-MG é a queda na oferta foi ocasionada por três estados que tiveram prejuízos com muita chuva – São Paulo, Bahia e Santa Catarina – e demandaram mais bananas mineiras.
Direto da Redação
16-10-2022
6h:36
Foi-se o tempo em que as pessoas costumavam dizer, quando o preço de determinado objeto era barato, “vendido a preço de banana”, porque o quilo da fruta imprescindível na fruteira, está galopando como estão os preços de alimentos nos supermercados e sacolões de Belo Horizonte.
Já nem se pode mais chamar ninguém de “banana” como se costumava dizer. “Fulano, ele é uma banana”, mesmo porque custando R$ 9,00 o quilo o fulano vai se sentir importante e o tratamento passa a ter outra conotação.
A patroa, aqui, em casa, foi fazer o sacolão de frutas e voltou assustada. Ouve dizer que os preços vão baixar, mas estão baixando na cabeça dos consumidores. No momento, a teoria na prática é outra.
Como informa Ipead/UFMG) – Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, em setembro, o quilo da banana era vendido por R$ 6,00 na capital. Neste outubro, ainda em meados, o quilo da fruta é encontrado a partir de R$ 9,00, o que não dá para aceitar e considerando ser perecível rapidamente, melhor é deixar de comprar para o preço baixar.
Levantamento da Ceasa-MG, entretanto, acusa a redução de 7,9% na oferta de bananas, daí o aumento do preço, que é verificado nos outros produtos também por quem tem o costume de fazer compras em supermercados e sacolões.
A diminuição da oferta acontece mesmo sendo Minas Gerais o terceiro maior produtor, como registra a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil. É que as chuvas verificadas em São Paulo, Bahia e Santa Catarina fizeram com que grande volume de bananas fosse exportado aos estados.
Com 204 mil toneladas de bananas por ano, o Norte de Minas – Janaúba e Jaíba – é responsável por grande parte do abastecimento no Estado. Os principais centros consumidores do País recebem por semana 12 toneladas de bananas, o equivalente a 500 cargas, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).