
Ego que destroem relacionamentos e comprometem nações - créditos: Olhando a maré
13-07-2025 às 10h10
Anna Marchesini*
A menos de dois anos das eleições, é hora de uma reflexão profunda e séria sobre o futuro que queremos construir. No entanto, o que vemos hoje é uma discussão política reduzida a personalidades, em vez de políticas públicas. As pessoas se alinham em defesa de seus políticos como se estivessem torcendo por times de futebol, esquecendo-se do que realmente importa: as propostas e as ações concretas que afetam a vida de todos.
A discussão política precisa sair das mesas de bar e das redes sociais — onde a discórdia e a polarização imperam — e voltar a ser pautada por ideias e projetos. É fundamental que os cidadãos se preparem para votar com consciência, considerando o impacto das políticas sobre os bens nacionais, seus direitos e o futuro do país.
O voto é uma ferramenta poderosa que pode mudar destinos. Portanto, é essencial que os eleitores se informem e reflitam sobre as propostas e o histórico dos candidatos, em vez de se deixarem levar por emoções e alinhamentos partidários cegos. O futuro depende do nosso voto, e é hora de exercer essa responsabilidade com sabedoria e discernimento.
É hora de deixar de lado as brigas desnecessárias e o ego, e começar a discutir política de forma séria e construtiva. Somente assim poderemos construir um futuro melhor para todos, baseado em políticas públicas voltadas à valorização dos bens nacionais e na busca pelo bem-estar coletivo.
No contexto da política brasileira, essa reflexão se torna ainda mais urgente. O país enfrenta desafios profundos — como a desigualdade social, a corrupção persistente e o desmonte de políticas públicas essenciais — que só poderão ser superados com participação cidadã qualificada, comprometimento ético e um debate político que privilegie propostas, e não paixões pessoais. O Brasil precisa de menos idolatria a figuras públicas e mais compromisso com ideias que promovam justiça social, desenvolvimento sustentável e democracia verdadeira.
*Anna Marchesini é professora, especialista em desenvolvimento humano e humanitário, presidente do Instituto Elo de Ação Solidária
