
Todas as mães podem neste dia comemorar, inclusive as mães que também são pais. CRÉDITOS: Divulgação
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14-05-2025 às 09h26
Autora: Regina Alvarenga*
Todas as mães podem neste dia comemorar, inclusive as mães que também são pais. E não podemos esquecer dos pais que também são mães!
Esse dia nos permitiu celebrar junto aos nossos filhos – biológicos ou adotados, humanos ou pets – tudo que é envolvido na criação.
Penso também, e com muito amor, naquelas pessoas que trouxeram à luz filhos do estudo e da criatividade, como a arte e a ciência. Assim como há a perpetuação da espécie, essas criações artísticas serão a continuação dos seus criadores no mundo.
Algo me fez repensar a educação. Há dias, eu chamei um carro por aplicativo. Na conversa com o motorista, sem medo de parecer moralista, falei sobre o erro, na minha opinião, de os meios de comunicação mostrarem cenas explícitas de sexo, seja entre homossexuais ou entre heterossexuais. Parece-me um modismo que vem gerando uma influência prejudicial.
Ele então me lembrou da classificação da censura, que é mostrada no início de qualquer programação. Pai de adolescente, ele usa este controle em casa.
Já eu, sou mãe e meus filhos já casados, graças a Deus estão bem. Sigo falando na influência da mídia sobre as famílias, uma vez que os programas precisam de patrocinadores, e, por isso o conteúdo tem que atrair a atenção. Para isso, cada vez mais usam sexo e também a violência.
Alguém pode argumentar que há muita coisa boa na mídia. Sigo pensando – absurdos têm acontecido, como suicídios, tiroteios em escolas e por aí vai. Creio que na mídia há muito mais coisas nocivas que boas.
Mas o motorista realmente me surpreendeu quando reforçou a existência desse recurso educacional: a classificação da censura. Reflito que é um recurso à disposição – será que as pessoas o colocam em prática?
Recentemente, o filme “Adolescente” mostrou como a família pode estar totalmente ignorando algo terrível acontecendo no próprio quarto do filho. Simplesmente porque os pais acham que devem respeitar a privacidade. Como dizia minha mãe, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. É preciso equilíbrio. Se reprimir demais os filhos, eles poderão se rebelar. Se criá-los totalmente soltos, poderão estar expostos a muita coisa ruim. Lembro- me agora dos tios e tias – que são um pouco pais de nossos filhos. Conseguem muitas vezes ser mais firmes na educação do que os pais.
Então, como não repensar a educação, essa difícil tarefa? Hoje há alunos batendo em professores. Filhos com liberdades excessivas em relação aos pais, como bater neles. Há muita influência em torno da família, e mesmo dentro desta. Onde fica o AMOR nisso tudo?
Em geral, os pais merecem parabéns, mas também os filhos, os professores, e daí por diante.
Falar em educação é difícil, mas é preciso fazê-lo. Porque é verdade que mães e pais erram, passando para os filhos aquilo que receberam na educação, seja amor ou desamor. Não há lugar para culpas.
O que importa é agradecer às mães e às pessoas que agiram como mães. Às que estão entre nós e às que já se foram para outro plano.
* Regina Alvarenga é formada em Letras e especializada em Tradução, UFJF. Livro publicado: “Caminhos de Mim” – poemas, contos e crônicas, patrocínio do Programa Cultural Murilo Mendes, Prefeitura de Juiz de Fora. Terceiro lugar na categoria Professor, no Primeiro Concurso de Poesia do Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora.