
Créditos: Divulgação
15-08-2025 às 09h00
Dagoberto Martins*
Nesta terça-feira (12), às voltas com a busca de documento para compor o processo contra dois bancos que estão ilegalmente mamando no meu benefício de aposentado, tive de fazer uma incursão ao Bairro Padre Eustáquio, e. na volta. desci do ônibus nas imediações da Praça Raul Soares.
A pé, venci a disputa com os carros e ônibus e adentrei à Praça Raul Soares. Fiquei, como se diz, boquiaberta com as cenas que vi ali e por todos os lados. Por um longo momento fiquei a pensar o que o digníssimo Raul Soares de Moura, nascido em 7 de agosto de 1877, 148 anos atrás, na Fazenda das Palmeiras, em Ubá, na Zona da Mata, a impressão que teria da praça, que leva o seu nome, estando na situação em que está. Ele, que foi governador de Minas.
E como está a praça, afinal? Com dezenas de pessoas que parecem viver ali sobre o gramado ou meio escondidas por um arbusto. Se o digníssimo Raul Soares visse as cenas ele ia dizer ou fazer alguma coisa?
Alguém precisa fazer alguma coisa para estancar a ocorrência de levas de pessoas, gente como a gente, que possui uma moradia e dorme todos os dias em colchões confortáveis e cobertores limpos, cheirosos, que nos protegem do frio.
Particularmente, faço o que estou fazendo agora, chamando a atenção do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil) para afinal fazer alguma coisa, acionar o setor de atendimento social dessa gente que está em quase todas as ruas do Centrão da cidade.
Numa hora dessa é que me lembro do candidato a prefeito, o ex-presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo, que disputou com Fuad a Prefeitura, nas últimas eleições, que disse, em uma entrevista sobre a sua primeira ação, se eleito fosse: buscaria uma maneira digna de atender essa gente.
* Dagoberto Martins é Jornalista