Agressão a repórter-fotográfico é toda a imprensa que se sente agredida e exige providências
Bolsonaristas acampados em frente ao Comando da 4ª Região Militar, na Avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, agrediram um repórter do Hoje em Dia. Sindicato, Fenaj e ANJ querem providências.
Direto da Redação
06-01-2023
17h:14
Um fotógrafo foi agredido por manifestantes antidemocráticos acampados nas imediações do Comando da 4ª Região Militar, na Avenida Raja Gabaglia, Região Oeste de Belo Horizonte.
Foi nesta quinta-feira, e o fotógrafo estava no exercício de sua função de cobertura pelo jornal Hoje em Dia. A Polícia Civil se diz empenhada na apuração da materialidade e autoria dos agressores. Eles lá estão há dois meses, sem reconhecerem a legitimidade do resultado das eleições que levaram o torneiro mecânico Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República pela terceira vez.
Segundo a polícia “a vítima já registrou o fato e, por ora, a Polícia Civil de Minas Gerais não repassará maiores informações, para não prejudicar a investigação do caso”.
Tanto o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) querem que a polícia apure a agressão e que os agressores sejam punidos.
O Diário de Minas se solidariza com o fotógrafo agredido e faz coro com as entidades e o jornal Hoje em Dia para que fatos como esse não tornem uma rotina, inda mais em se tratando de pessoas que dão mostras do quanto são antidemocráticas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) em nota solidarizou-se com o fotógrafo e lamentou, alertando, "a impunidade abre espaço para que casos como este se repitam".
E mais diz a nota: "É preciso que essa violência absurda, seguida de um roubo, seja rigorosamente apurada e punida. Até quando as autoridades vão tolerar atitudes como essa? A violência contra jornalistas é um atentado contra a liberdade de imprensa e democracia. Basta”!
A direção do Sindicato dos Jornalistas enviará nesta sexta-feira ofício ao Ministério Público de Minas Gerais pedindo a apuração e a punição dos agressores.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) acompanha o caso se dizendo preocupada com os ataques a jornalistas por parte de bolsonaristas. "Infelizmente, 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, Minas Gerais", denunciou a Fenaj.
Para a Fenaj, “os acampamentos bolsonaristas viraram zona de risco para profissionais da imprensa".
Os atos antidemocráticos dos bolsonaristas também foram repudiados pela Associação Nacional de Jornais (ANJ): "A ANJ pede às autoridades uma rigorosa apuração dos fatos, com a punição dos responsáveis, para que agressões como estas não voltem a se repetir".