Acredita-se que ela possua asas
Comum é acontecer de as pessoas reclamarem de si, dos outros e da vida cotidiana, mas esse não é o caso do fenômeno dançante, que surpreende o mundo inteiro com a sua performance,
03-11-2023 às 10:10h.
Direto da Redação
Ela não possui braços. Nasceu assim, devido a um problema congênito. Verdadeiramente, ela não precisa de braços, nem sente a falta deles simplesmente por que, em sã consciência, ninguém sente a falta de um membro se nunca o teve (suspeita-se que ela possua asas).
O importante é que ela é um exemplo internacional de superação, sob todos os aspectos. “Tudo o que as pessoas fazem com as mãos, eu faço com meu pé”, ela disse.
Mas afinal, quem é ela? Trata-se de uma jovem vencedora a partir do nome, Vitória Bueno, mineira de Santa Rita do Sapucaí, na Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas, município com população de quase 45 mil habitantes, carregada da fama de "O Vale da Eletrônica", porque dispõe de centros educacionais e empresas da área.
Comum é acontecer de as pessoas reclamarem de si, dos outros e da vida cotidiana, mas esse não é o caso do fenômeno Vitória Bueno, que surpreende o mundo inteiro com a sua performance, tanto pessoal como profissional, demonstrando, com visibilidade mundial, o uso dos pés para tudo no lugar dos braços que nunca teve.
“Minha mãe fala que foi muito natural e que, na minha primeira mamadeira, eu já fui logo levantando as perninhas e pegando com o pé”, conta Vitória com toda simplicidade.
Ela é um exemplo para quem possui tino. Não só porque seja belo exemplar da raça humana nascida sem braços, mas porque é uma bailarina exímia e prova com todas as letras do abecedário, a superação depende do esforço de cada um, foco, enfim.
Pensando bem, se Vitória visse a si mesma como “vítima”, jamais seria o que é hoje, uma estrela de grandeza em um corpo sem braços, dos quais não depende.
Em meio aos pesadelos da humanidade envolta pelo cheiro de pólvora, é muito bom para o leitor do Diário de Minas abrir a nossa página e deparar com uma matéria que, carregada de energia positiva, impulsiona, funciona como uma injeção de ânimo para todo tipo de gente.
Vitória nasceu estrela e ninguém poderia impedir o brilho dela nem a intensidade de luz dela irradiada. O destino dessa jovem é o de brilhar sempre. Tudo começou quando ela tinha cinco anos de idade e demonstrou talento para dançar.
Foi levada ao balé clássico por uma das fisioterapeutas da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que nela viu um futuro promissor. Ela conhecia uma academia de dança e incentivou a mãe de Vitória a levá-la para uma aula experimental. “Eu lembro que eu cheguei e foi muito mágico! Daquele dia em diante eu sabia que era aquilo que eu queria fazer para o resto da vida”, disse Vitória.
Certamente, hoje, ela já se vê como mentalmente via-se há um tempo atrás, “dançando em vários lugares, me apresentando em outras cidades, conhecendo lugares incríveis, podendo levar arte para o mundo”.