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Abaixo a gravidez precoce!

Abaixo a gravidez precoce!

E como gostei do toque que recebi, estou entrando desde ontem numa nova aventura literária: escrever um livro de autoajuda. Ontem mesmo escrevi três textos nessa linha

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28-01-2024 às 08:55h.

Carlos Mota*

Aviso aos meus dois leitores que anteontem publiquei, não uma habitual crônica, mas um texto que soou aos ouvidos (ou por muitos foi lido) como uma espécie de autoajuda, um “estilo” muito desdenhado pelos ditos “cults” e que nunca foi de meu feitio escrever, embora eu nada tenho contra.

Não escrevi com esta intenção, mas alguém me disse que o meu texto “Como amar, ignorar ou xingar nos dias de hoje” bem que poderia ser utilizado em grupos ou projetos que tentam ajudar as pessoal em geral ou, no caso do texto, as aliviam até de “bullyings” que sofrem por não saberem escrever, ou por temerem errar ou até mesmo por falta de tempo, quando ficam pegando figurinhas na Internet e as mandando pros amigos.

E como gostei do toque que recebi, estou entrando desde ontem numa nova aventura literária: escrever um livro de autoajuda. Ontem mesmo escrevi três textos nessa linha e um deles vou publicar já já e todos os três falando do amor infanto-juvenil, coisa que nunca fiz.

Sabe o amigo a praga que é o Brasil ser recordista mundial em gravidez precoce, não apenas em razão da pedofilia, do estupro e de outros horrores, mas dos estímulos que uma menina de dez, onze ou doze anos recebe no sentido de entrar na vida adulta, ser mãe, etcétera e tal.

A Psicologia admite que certas ordens ou proibições, conforme o tom que são dadas (enérgico, sobretudo) geram efeito contrário, de modo que somente a letra fria e careta da lei, os sermões também gongóricos dos padres, pastores e comissários de menores não são suficientes para afastarem as crianças da praga da gravidez precoce.

E o texto que logo publicarei vai nessa intenção, sob o título Gira, Gira, Gerou e penso que deveria ser distribuído em escolas, como material didático sobre a Iniciação Sexual de adolescentes em idade de namorar.

Não sou pedagogo, mas se o meu texto pode ajudar a conter ou a diminuir a maternidade precoce, ele pode ser transcrito gratuitamente, desde que divulgada a sua autoria.

E você que escreve, cara, que tal entrar nesse vaibe (“vibe”) de propósito, pois teremos que adequar a nossa escrita ou fala ao jeito com que se comunicam!

Gira, gira, girou, meu coração navegador! Kleiton e Kledir

“Pelo consultor sentimental Carlos Mota”

Enfim o meu sucesso como influencer digital me batendo à porta, e a frente de minha casa virtual uma fila imensa se formando, graças a minha sacada em ter virado consultor sentimental.

E agora estou folgado e numa rede virtual deitado, pensando num novo texto, buscando um pretexto pra atrair mais seguidores.

Naquele texto de sucesso, ensinei escolher a figurinha certa, das trilhões disponíveis de graça na Internet e que se resumem em três sentimentos: figurinhas de amor, figurinhas nem te ligo, farinha de trigo e figurinhas para mandar alguém praquele lugar e sem nada gastar.

Percebi, todavia, que acertei em cheio em rapazes fisgando meninas, mas terei que conseguir o inverso, de meninas conseguindo fisgar os rapazes.

Nem todos os homens são capazes de entender o coração das mulheres, muito menos em as assessorar sobre a melhor técnica de fisgar os meninos, mas acho que dou conta disso numa boa, pois apesar de macho coroa, já me passei por uma bela portuguesa e escrevi textos como se eu fosse ela!

Homens são todos iguais, meio gente, meio animais, mas mulheres são muito inteligentes e não agem bobamente feito eles, boçais, pois cada uma tem o seu jeito de fisgar o coração de um sujeito.

Idiotas dizem que umas são presas certas de cartões de crédito, outros dizem que gostam de receber pix, de andar de Hilux ou querer entrar em Ferrari, que gostam de causar em Insta, TikTok e Facebook, mas isso não passa de preconceito e até fere o bom Direito, pois garotas gostam primeiro de um flerte, dias e mais dias de boas noites e bons dias, depois um convite para um sorvete, depois receber amorosos bilhetes, corbeilles e ramalhetes, e beijinhos só na testa, rápidos e com muita pressa, o primeiro passeio na bicicleta, e nada de assédio na porta do prédio, nada de mão boba em porta de colégio…

Só depois de alguns meses, com datas importantes no meio, Dia do Aniversário, Dia das Crianças, Dia dos Adolescentes, Dia de Halloween, Dia de Pegar o Boletim e Comemorar Boas Notas, se católica, Dia da Primeira Comunhão, Dia da Primeira Menstruação, para enfim um beijo roubado na porta, beijo não, uma beijoca!

E um ano depois, comemorar o primeiro flerte, pouco depois o primeiro sorvete, o primeiro bilhete, o primeiro ramalhete, o primeiro beijo na testa, a primeira garupa de bicicleta, o primeiro chamar de meu amor

E só quando o chamar brotar do coração, vero e sincero, aí sim nasceu uma paixão.

Paixão de verdade não queima etapas, não aceita tapas nem de brincadeira, não aceita chá de cadeira e nem precisa de consultor sentimental, pois ele surge de uma coisa banal, de um encontro casual, etcetera e tal!!!

Nasce até em rede virtual, vai pra real, pode virar noivado, enxoval, casamento, chá de bebê, ver ela ou ele nascer, crescer, estudar e também namorar e fazer a roda da vida girar!

* É advogado, procurador federal, ex-deputado federal, escritor e membro da ALVA, Academia de Letras do Vale do Jequitinhonha

 

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