A imagem da década e uma das mais importantes de toda a História.

05-05-2025 às 09h09

Romyna Lanza (*)

(Postar o vídeo que Romyna colocou no Instagram)

Eu tenho críticas ao Papa Francisco e já me posicionei sobre elas aqui, desde que ele assumiu o Papado. Mas estamos falando de um Papa, um homem dentro de uma das estruturas mais poderosas do mundo, a Igreja Católica, a qual ele representava. Uma estrutura milenar, mais antiga que o nosso país, por exemplo. 

O papel de um Papa é defender essa instituição. Ele pode ser a pessoa mais doce, gentil, consciente ou dedicada aos direitos humanos, que tudo isso sempre será limitado pelas pressões e opressões da Igreja. Francisco sofreu muito com isso. A gente conhece as perseguições por que passou, não só dentro do Vaticano, mas também, pasmem, pelos católicos ultraconservadores pelo mundo. 

No Brasil, o maior de todos os países católicos, Francisco tem odiadores. 

Acho, sinceramente, que precisamos ter muita coerência e sabedoria para criticá-lo, mas também para reconhecer que ele foi o Papa da história contemporânea que mais se dedicou ao cristianismo, aos excluídos, aos marginalizados. 

Era um grande crítico do capitalismo.

Criticou os negacionistas antivacinas.

Apoiou os imigrantes e refugiados.

Visitava campos de refugiados e prisões frequentemente.

Lavava os pés de pessoas encarceradas na Semana Santa (inclusive, esteve com essas pessoas na última semana e se desculpou por não ter saúde para lavar seus pés).

Apoiou, dentro das limitações impostas pela Igreja, a união homoafetiva e os direitos LGBTQIPNA+.

Defendeu mães solos.

Defendeu – e perdi as contas sobre quantas vezes – a Palestina.

Promoveu o respeito entre as diferentes religiões.

Denunciou e afastou os pedófil0s da Igreja, algo que João Paulo II e Bento XVI preferiram ignorar.

Lutou contra extrema-direita e, por isso, foi chamado de comunista.

“Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista.”

Essa frase é de Dom Helder Câmara, mas bem que poderia ser do Papa Francisco.

(*) Romyna Lanza é jornalista

https://www.instagram.com/reel/DItpTt2NdTB/?igsh=MTl5ZWdweWxlaHJiYQ==