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As ousadas propostas de Lourdes

Estatizar todo o sistema bancário e os serviços de transporte urbano com uma administração contra pagamento de dívida pública e o fim da “indústria da multa”

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02-09-2024 às 09h:20

Direto da Redação

O sexto nome retirado do recipiente usado para colocar os nomes dos candidatos e candidatas a prefeito de Belo Horizonte é o de Lourdes Francisco (PCO) – a cada dia o Diário de Minas apresenta um nome, e quem acompanha sabe disso. Já foram apresentados Mauro Tramonte (Republicanos), Gabriel Azevedo (MDB), Fuad Noman (PSD), Duda Salanbert (PDT), Bruno Engler (PL).

Lourdes já chega apresentando algo bem diferente dos demais, que nem tanto tocaram ou na questão econômica com a ousadia dela, Lourdes Francisco diz que é contra o pagamento de dívida pública, “indústria da multa” e teto de gastos. Afirma ser o projeto do partido dela “centrado no trabalhador e contra os bancos".

Antes de aprofundar mais nesta apresentação de Lourdes convém informar de onde ela vem: nascida em Grão Mogol, município localizado na linha imaginária entre o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha, já de cara vindo com afirmações como ser “contra os bancos”, salvo engano, nenhum outro candidato se arvorou a tanto. Sendo de Grão Mogol, onde há tantas pedras quanto histórias, lá Carlos Drummond de Andrade ficaria louco porque no meio do caminho encontraria não uma, mas inúmeras pedras.

Com 62 anos de idade, é professora de ensino fundamental e se tornou candidata do Partido da Causa Operária (PCO). A experiência dela em cargo eletivo foi em 2016, quando disputou o cargo de vereadora em Grão Mogol e ficou como suplente. No ano de 2022, candidatou-se ao governo de Minas Gerais e ganhou experiência.

Outra curiosidade de Lourdes é que ela declarou não ter bem algum

A vice-prefeita  da chapa dela é Marília Garcia Garcia Domingues, de 28 anos. É estudante e possui experiência de campanha para deputada federal e de prefeita de BH, sem obter sucesso.

O partido de Lourdes aposta nele mesmo porque não possui coligação alguma e quer a suspensão de pagamento da dívida pública para fazer sobrar dinheiro para promover um grande programa de obras públicas e gerar empregos.

A candidata diz sentir que “o trabalhador está sendo afetado há anos, e o trabalhador é a maioria, é ele que produz, ele que paga o imposto pesadíssimo que está sobre ele, é ele que mantém esse sistema", comentou.

Outra opinião dela que os eleitores não estão acostumados a ouvir é a estatização do sistema bancário. O PCO quer os bancos estatizados “e que tenham compromisso com o País, com a industrialização e a geração de empregos” para dar qualidade de vida ao trabalhador.

E no caso dos transportes públicos, a saída é estatizar também e oferecer gratuidade aos usuários do serviço, o que será possível com o não pagamento da dívida pública

No plano de governo, Lourdes Francisco propõe estatizar o transporte público na capital e garantir gratuidade aos usuários do serviço. Mas para isso a alternativa é o não pagamento da dívida pública.

Quanto a diminuir a quantidade de carros nas ruas da capital, Lourdes apresenta uma proposta factível, “conscientizar a população” a exigir melhoria dos ônibus coletivos para que as pessoas deixem os carros em casa.

“Para terminar com esse problema do trânsito estatizado, colocaria uma frota melhor, uma frota que atendesse melhor a população dentro da cidade, e isso aí diminuiria o fluxo de carros na rua, porque um transporte de qualidade seria atrativo para todas as pessoas que usam ele. Quando você coloca um fluxo menor de carros na rua, você também diminui o problema da multa", disse.

Na prefeitura, o salário mínimo seria de R$ 7 mil e ela diz que faria isso sem respeitar o teto de gastos. "O PCO acredita que o salário-mínimo seja irrisório, é uma vergonha. O salário-mínimo, pelo que a gente vê também quando fala do índice de preço da cesta básica outras coisas mais, a gente vê que o salário do trabalhador em geral, está nesse patamar", afirmou.

Ela vai trabalhar firme na contenção de áreas de riscos e na construção de casas populares e criará um sistema de crédito para os comerciantes e microempreendedores.

E mais ainda ela vai fazer, se for eleita: contratará mais profissionais de saúde e pagará exames que não são feitos no SUS.  Vai pôr um fim nas concessões privadas no fornecimento de água e esgoto; reduzir e dar descontos no IPTU, além de zerar os impostos sobre consumo para baixar o preço da cesta básica.

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