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A vez de Duda Salabert

Ela na prefeitura promete fazer a diferença e para isso dividiu em três pilares o seu programa de governo, que, na opinião dela, dará a Belo Horizonte um rumo novo

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31-08-2024 às 09h:00

Direto da Redação

Pelo que se pode depreender desta série de artigos sobre os candidatos e candidatas à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), há uma expectativa boa da parte deles, segundo a “rádio peão” informou, cada um curtindo a sensação de ser sorteado para se tornar notícia no Diário de Minas.

Já tratamos de três candidatos – Mauro Tramonte (Republicanos), Gabriel Azevedo (MDB) e Fuad Noman (PSD) – e hoje é o dia de retirar de dentro do recipiente onde dormitam os sete restantes “papelzinhos” com os nomes, o quarto candidato. Dada a sacudida normal do recipiente, eis o nome de quem? Duda Salabert (PDT).

Professora de literatura, ela se destaca pela postura firme com a qual se notabilizou como a primeira pessoa transgênero a se candidatar ao cargo de senadora da república. Ela transmite a sensação de ser uma pessoa resolvida e com muita disposição de atacar os problemas socioambientais.

Com base na atuação dela, como deputada na Câmara Federal, se pode ter uma noção do seu perfil, senão, vejamos, integrou as comissões de: Educação, Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; Relações Exteriores e de Defesa Nacional; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais.

Duda quer governar Belo Horizonte baseada em três pilares distintos e principais, e o primeiro deles é “Segurança de Direitos”. Inclui segurança pública, esportes e cultura. Outro pilar é dirigido à inclusão, o terceiro está intimamente relacionado com o meio ambiente e a sustentabilidade.

Com o seu jeito decidido de tratar as coisas, Duda promete iniciar a revisão dos salários dos servidores de saúde. A intenção dela é recompor os salários e reorganizar a distribuição previdenciária.

Mais, ela quer fazer, caso venha a se eleger prefeita da terceira maior capital brasileira, ampliar as equipes de saúde da família, com atenção primária, aproximando-as cada vez mais da população.

A formação continuada e a atualização profissional terão a atenção de Duda que pretende implantar um programa neste sentido, o que atende aos interesses dos servidores da saúde pública municipal.

Para reduzir as filas de espera de cirurgias eletivas e consultas, ela quer instituir, “de maneira urgente” – mecanismo técnico e tecnológico e, claro, de ordem humana e de infraestrutura para alcançar o objetivo.

São tantas as medidas que ela pretende tomar na área de saúde, como ampliar a atenção às crianças, com a ampliação do número de pediatras na rede municipal e o atendimento a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros transtornos.

Na área de mobilidade urbana, Duda já quer atacar de roldão, ainda em 2025, com novo contrato de prestação de serviço de transporte coletivo. Com a garantia de serviço de transporte público custeado com recursos públicos e a tarifa dos usuários, baseado no custo do serviço, nos gastos reais para fazê-lo funcionar e não na quantidade de passageiros transportados.

O importante é que o novo processo licitatório do contrato de prestação de serviços de transporte coletivo reflita o interesse da população de Belo Horizonte, especialmente, e os dos municípios da vizinhança.

É a prefeitura que irá gerenciar o dinheiro recebido porque terá o controle da bilhetagem eletrônica dos ônibus e dos dados da demanda de uso do serviço, a exemplo do que fazem Curitiba e São Paulo.

Ela quer realizar um diagnóstico da mobilidade urbana e se unirá aos demais prefeitos e prefeitas do País para conversar com o Governo Federal a fim de instituir, o quanto antes, o Sistema Único de Mobilidade, o SUM, e garantir o direito constitucional das pessoas, no tocante à mobilidade.

Se Duda for eleita, ela diz que vai fazer uma segurança pública verdadeira, nunca com base em “achismos e proselitismo”, mas baseado em evidências e dados científicos. Desse modo, pretende dar valor merecido aos servidores da Guarda Municipal, criando um programa de apoio à saúde mental dos guardas.

Avançar na experimentação de tecnologias digitais, por meio de celulares e internet, para consultar a população a respeito de temas com interesse local ou para a avaliação de serviços e equipamentos públicos.

Na Educação, de cara Duda diz que vai assegurar aos professores a garantia do maior salário entre as capitais. Enviará um Projeto de Lei à Câmara dos Vereadores de BH logo no primeiro dia de sua gestão.

Os professores terão tratamento digno e o canal de diálogo será permanente e aberto o tempo todo para tratar das questões pertinentes sobre plano de carreira, condição de trabalho, programas de saúde mental e os demais.

Muitas são as propostas de Duda para a Educação e aqui só foram tratadas algumas. No entanto, em uma só frase ela deu a maior tacada: “Garantir a erradicação do analfabetismo em Belo Horizonte”.

Como professora, ela sabe que a alfabetização por si mesma não resolverá problemas sociais, mas vai melhorar as pessoas, e elas melhoradas irão dar um jeito nos problemas.

A coleta seletiva será ampliada, se Duda vencer as eleições, com participação dos catadores, em, pelo menos, 20% por ano, tendo como ano base 2024.

Promover a inclusão e integração dos trabalhadores da reciclagem, em especial os catadores e catadoras, organizadas e autônomas, no desenvolvimento de modelos mais seguros, sustentáveis e eficientes de coleta seletiva, garantindo melhores condições de trabalho neste contexto de crise climática.

Garantir aos catadores o pagamento justo pelo serviço de triagem prestado. Dar o valor merecido a economia criativa de modo a potencializar e desburocratizar os pequenos negócios por todos os cantos da capital. Sem falar que ela quer estimular a criação de polos tecnológicos nas regionais.

Podia-se falar dela em um texto mais comprido ainda, mas o que foi falado de Duda até aqui parecer ser o suficiente para o eleitor tirar as suas próprias conclusões

Como prefeito, disse ela, vai “fazer cumprir o disposto na Lei do Plano Diretor para promover a descentralização territorial da oferta de comércios e serviços da regional centro-sul, fomentando o desenvolvimento local, principalmente em bairros e regiões periféricas e/ou de maior vulnerabilidade”.

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