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Este homem, que parece ter saído de um barranco vermelho devia ser estudado cientificamente

Este homem, que parece ter saído de um barranco vermelho devia ser estudado cientificamente

Boa parte dos belo-horizontinos já deve ter visto em algum lugar da capital. Dizem que ele mora debaixo de um viaduto próximo do BH Shopping. Cheira éter o tempo todo.

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23-06-2023 - 08h:54

Direto da Redação

Ele parece ter vindo do barro e ao barro está voltando em vida.

Em duas outras ocasiões, eu falei sobre este homem, no Facebook. E até sugeri que ele fosse estudado pelos cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Sim, porque como leigo, há anos eu o acompanho.

Ele vive nesse estado e é de se imaginar que uma pessoa nessa situação não disponha de higiene mínima de sobrevivência, durante tanto tempo.

Acompanho-o desde a década de 1970/80. Não sei onde ele mora. Acho que vive nas ruas mesmo. Dizem que dorme debaixo de um viaduto próximo do BH Shopping.

A primeira vez que o vi, ele estava sentado na calçada do viaduto da Floresta, próximo da Rua da Bahia, como se fosse um iogue.

O que me chamou a atenção nele foi o cheiro de éter.

Ele escondia o frasco de éter dentro da camisa imunda, de modo que só aparecia a parte de cima. Bastava-lhe abaixar um pouco a cabeça para o nariz se encaixar no frasco.

O homem – já tentei conversar com ele e não consegui; é arredio ao contato –, aparentemente, não toma banho. Pelo jeito, nunca tomou banho.

Jamais o vi comendo ou bebendo alguma coisa. O dinheiro que ele consegue é para comprar éter.

Em resumo, as minhas suspeitas me levam a afirmar, o éter é o alimento dele e o conserva fisicamente, embora desta vez eu tenha percebido que ele está mais velho.

Hoje, eu o encontrei na Avenida Bias Fortes com Rua São Paulo.  Ele examinava uma lixeira. Parece não ter encontrado nada.

O homem entrou pela Avenida Bias Fortes, examinou outras lixeiras e nada encontrou. Atravessou a avenida e tomou novamente o rumo da Rua São Paulo.

O que mais me intriga é o fato de ele consumir éter durante esse tempo todo e ainda estar vivo.

Pelas minhas contas, eu o acompanho há mais de 40 anos.

Nada mudou nele, nem a roupa. Deve estar podre.

Os cabelos dele têm aparência de barro.

Ele, propriamente, parece ter se escapado de dentro de um barranco de terra vermelha.

Veio do barro e ao barro está voltando em vida.

 

Imagem da Galeria Ele precisa ser estudado para se saber como uma pessoa resiste mais de 40 anos cheirando éter
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