Que tal mudar o nome da Avenida Cristóvão Colombo para Bartolomeu de Las Casas?
O genovês, além de invasor da América, teria causado tanta atrocidade humana, que não se sabe o porquê cultuar o nome de quem para alguns é considerado genocida.
24-04-2023 - 08h:03
Direto da Redação
O ex-presidente do SJPMG, Aloísio de Morais, lança a pergunta, publicamente, por meio do Facebook: “Que tal trocar o nome de nossa Avenida Cristóvão Colombo, para Bartolomeu de Las Casas?”
A ideia do jornalista ganha corpo depois de tomar conhecimento das atrocidades que teriam sido cometidas pelo navegador espanhol, na invasão da América, postadas sob o título “Cristóvão Colombo e os horrores que não foram ensinados nas escolas”.
Como bem disse Aloísio de Morais ao fazer a postagem, o que denota o quanto a nossa história é mal contada, “o Reinado do Terror de Colombo é um dos capítulos mais sombrios da nossa história. Colombo supervisionou a venda de meninas nativas para escravidão sexual”, escreveu.
As meninas de 9 a 10 anos eram as mais desejadas por seus homens. Em 1500, Colombo casualmente escreveu sobre isso em seu diário. Ele disse: “Cem castelos são tão fáceis de conseguir para uma mulher quanto para uma fazenda, e isso é muito geral e há muitos contrabandistas procurando meninas; agora há demanda por crianças de nove a dez anos”.
São tão horrendos os casos contados por De Las Casas, um dos seus auxiliares, que, indignado com tudo visto se desligou dele entrando para o seminário, se fazendo padre, são tão horrendos, como dizia, que não transmitimos neste espaço, em respeito aos leitores.
Mas, “a escravidão era tão insuportável para esse povo doce e gentil da ilha que, a certa altura, uma centena deles cometeu suicídio em massa. A lei católica proibia a escravidão de cristãos, mas Colombo resolveu esse problema. Ele simplesmente se recusou a batizar os nativos de Hispaniola (Hoje Haiti e República Dominicana)”, diz o texto postado pelo jornalista.
É a tomada de consciência que leva a ideia do jornalista de propor à Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) trocar o nome da Avenida Cristóvão colombo para Bartolomeu De Las Casas. Porque o navegador Colombo praticou atos de desumanidade, segundo a denúncia De Las Casas, e não convém manter o nome do navegador, que não é brasileiro nem espanhol, mas genovês, nascido na Itália, numa avenida de tamanha importância, em Belo Horizonte.
Esse assunto fez lembrar os tempos da ditadura militar que infelicitou o País 21 anos, quando um tal de Dan Mitrione, estadunidense enviado pela Cia para dar aulas de tortura no Brasil, Uruguai e outros países.
Ao final, deram a uma rua de Belo Horizonte, no Bairro das Indústrias, o nome do torturador, mas quando as pessoas de bom senso viram o disparate, reagiram e o nome de Dan Mitrione foi retirado e trocado por outro que, inclusive foi vítima da ditadura, José Carlos da Mata Machado.
Fica aqui o reforço da ideia do jornalista Aloisio de Moraes, que o presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel Azevedo examine a possibilidade de trocar o nome da avenida, depois de confirmar as denúncias contra Colombo, por meio de historiadores.
Se não for o caso de substituir pelo nome de Bartolomeu De Las Casas, que seja nome de alguma personalidade mineira diametralmente oposta às ações do invasor da América.