
Créditos: Rosinei Coutinho/STF
20-08-2025 às 10h33
Direto da Redação*
A medida adotada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, para resguardar o colega de Corte, Alexandre de Moraes, desencadeou forte reação no mercado financeiro. A decisão monocrática provocou queda na Bolsa de Valores e elevação do dólar, refletindo a apreensão de bancos e empresas diante de potenciais impactos econômicos.
O movimento foi interpretado por analistas como de natureza política, uma resposta direta ao governo dos Estados Unidos após a imposição de sanções contra Moraes. Para especialistas da consultoria Eurasia, o episódio colocou o Brasil em um impasse delicado: de um lado, a necessidade de preservar a soberania e as instituições nacionais; de outro, o risco de comprometer relações estratégicas com Washington.
A preocupação das empresas é clara. Para manter operações e parcerias com o mercado norte-americano, bancos e corporações brasileiras precisam respeitar a legislação dos EUA, o que inclui seguir as sanções. Isso pode significar, por exemplo, a recusa em prestar serviços a pessoas atingidas pelas medidas, mesmo em território nacional, o que cria conflito com a decisão de Dino.
O episódio evidencia a fragilidade da relação bilateral e levanta dúvidas sobre seus desdobramentos. Na avaliação de agentes econômicos, a postura do STF pode ampliar a instabilidade diplomática e gerar consequências imprevisíveis para o ambiente de negócios no país.