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26-07-2025 às 10h34
Direto da Redação*
O número representa um crescimento de 94,68% em relação a quatro anos atrás, quando o estado contabilizava pouco mais de 317 mil investidores.
Além da expansão no número de participantes, Minas também aparece em terceiro lugar no volume de recursos aplicados, com R$ 47,74 bilhões sob custódia — o equivalente a 8,13% de todo o capital investido no país.
Para o gestor e sócio da Garoa Wealth Management, Fernando Camargo Luiz, o estado tem um enorme potencial ainda pouco explorado. “Muitos investidores mineiros assumem riscos desnecessários, alocando grande parte dos recursos em renda fixa atrelada a crédito privado corporativo, o que pode comprometer a liquidez e a segurança da carteira”, alerta.
A Garoa, consultoria de investimentos recém-instalada em Minas, já administra mais de R$ 1 bilhão em patrimônio sob gestão e analisou mais de R$ 1,5 bilhão em carteiras de clientes. A empresa atua na formulação de estratégias personalizadas, alinhadas ao perfil de cada investidor.
Dados da Anbima reforçam o peso da região no mercado financeiro. A pesquisa mais recente aponta que o Sudeste concentra 51% dos investidores em produtos financeiros no Brasil, bem acima da média nacional de 37%. A região também lidera entre os aplicadores em caderneta de poupança (48%) e os que buscam diversificação (38%).
Luiz chama atenção para o excesso de confiança em certos ativos. “Consultorias chegam a recomendar que mais da metade da carteira seja alocada em FIDCs e fundos multimercado de crédito privado. Embora atrativos, esses produtos carregam riscos de liquidez que podem resultar em perdas, caso o investidor precise resgatar antes do vencimento”, explica.