
Barragem B1-A, da Emicon Mineração e Terraplenagem, em Brumadinho. CRÉDITOS: Globocop
26-07-2025 às 09h02
Direto da Redação*
Seis famílias da comunidade Quéias, no Vale do Ingá, em Brumadinho, devem desocupar suas casas em até cinco dias após a elevação do nível de risco da barragem B1-A, da empresa Emicon Mineração e Terraplenagem. A estrutura foi classificada como nível 2 de emergência pela Agência Nacional de Mineração (ANM), devido à ausência de documentos técnicos obrigatórios que comprovem sua segurança.
Ao todo, 44 moradores serão retirados da área, que está a cerca de 2 km da barragem. Para alguns, como a trabalhadora rural Roseli Aparecida, de 30 anos, a situação representa um trauma repetido: ela já havia deixado outra casa anteriormente, também por causa da Emicon, e agora enfrenta novamente o deslocamento, com preocupação especial pela filha pequena.
Segundo o prefeito Gabriel Parreiras (PRD), 29 imóveis precisaram ser evacuados. A Justiça bloqueou R$ 17 milhões da empresa, e, embora não haja indícios de rompimento iminente, a mudança de nível foi considerada uma medida preventiva diante da falta de atestado de estabilidade da estrutura.
A elevação do alerta foi decidida em conjunto por ANM, Ministério Público Federal e Estadual, Defesa Civil, Feam e prefeitura. O Corpo de Bombeiros atua na retirada dos moradores, enquanto o governo estadual acompanha a situação. Para o prefeito, mais do que riscos estruturais, o impacto psicológico sobre a população é hoje o maior dano: “Quando uma barragem sobe de nível em Brumadinho, todos se lembram de 2019. E isso é uma covardia com o nosso povo”, afirmou.
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