
Enquanto isso, muitas famílias seguem sem previsão para a retomada completa das aulas. CRÉDITOS: Cléver Ribeiro
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23-06-2025 às 09h26
Direto da Redação*
A greve dos profissionais da educação da rede municipal de Belo Horizonte segue sem previsão de encerramento. Nesta segunda-feira, dia 23 de junho de 2025, a paralisação atinge aproximadamente 86% das escolas da capital, impactando diretamente milhares de alunos e suas famílias.
Os trabalhadores da educação reivindicam um reajuste salarial maior que o oferecido pela Prefeitura, que propôs um aumento de 2,49%. Para a categoria, esse índice não cobre as perdas salariais acumuladas nos últimos anos e não acompanha o reajuste do piso nacional dos professores, que neste ano chegou a 6,27%.
Além do reajuste, os profissionais também cobram:
- Contratação de mais servidores, especialmente para educação infantil.
- Plano de carreira mais justo e transparente.
- Redução do número de alunos por sala.
- Melhorias nas condições de trabalho.
- Aumento real no salário, também refletindo nos proventos de aposentados.
Nas últimas semanas, os trabalhadores realizaram protestos e vigílias em frente à Prefeitura, com participação de milhares de profissionais. Em assembleias, a decisão tem sido pela manutenção da greve, enquanto não houver uma proposta considerada justa e que atenda às demandas da categoria.
Das 324 unidades escolares da rede, 31 estão totalmente fechadas e 248 funcionam de forma parcial, o que compromete não apenas as atividades pedagógicas, mas também o calendário escolar de 2025.
A administração municipal afirma que o reajuste de 2,49% corresponde à inflação acumulada nos primeiros meses de 2025 e reforça que, nos últimos anos, os servidores da educação já receberam reajustes superiores à inflação média. Segundo a PBH, conceder um aumento maior neste momento poderia gerar impactos financeiros significativos no orçamento da cidade.
A Prefeitura também destaca que, além do reajuste salarial, foram oferecidos benefícios como o aumento no
vale alimentação e retroativos. No entanto, até agora, as negociações não avançaram para um acordo.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sind-Rede/BH) deve realizar, nos próximos dias, uma nova assembleia para decidir se a greve continua ou se haverá novas formas de mobilização. Enquanto isso, muitas famílias seguem sem previsão para a retomada completa das aulas.