Apesar das tentativas frustradas do governo para aumentar sua arrecadação, a economia dá sinais de crescimento

20-06-2025 às 09h39

*Por Soelson Araújo

No primeiro trimestre de 2025, a economia brasileira apresentou um crescimento modesto, com alguns setores mostrando sinais de recuperação, mas com desafios persistentes. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 1,4% nesse primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior, impulsionado principalmente pela demanda interna e investimentos. No entanto, a atividade econômica como um todo ainda enfrenta a desaceleração observada no segundo semestre de 2024 e a alta inflação, que afeta o poder de compra da população. 

Os pontos positivos é que o crescimento do PIB brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, demonstrando alguma recuperação econômica; assim como o consumo das famílias e seus investimentos. O consumo das famílias e os investimentos foram os principais motores do crescimento no primeiro trimestre, indicando uma retomada da demanda interna. 

O setor de serviços e indústria também apresentaram bons resultados, contribuindo para o crescimento do PIB. Além disso, o desempenho do setor externo com as exportações tiveram um bom desempenho, embora as importações também tenham crescido, o que pode indicar um aumento da produção interna, corroborado pela queda inflação com tendência de continuar caindo, o que pode aliviar a pressão sobre os preços e o poder de compra da população. 

Mas o mercado deve estar atento para a desaceleração econômica da economia brasileira ocorrida no segundo semestre de 2024, e essa tendência pode continuar no segundo semestre de 2025, especialmente devido à política monetária restritiva. 

A inflação e poder de compra, apesar da queda recente, ainda é alta, o que pode afetar o poder de compra da população e a confiança do consumidor diante do desequilíbrio fiscal que o Brasil ainda enfrenta com desafios fiscais a ser enfrentados, com a dívida pública em níveis elevados, o que pode gerar incertezas e afetar o crescimento econômico. 

O mercado financeiro mantém uma postura cautelosa em relação à economia brasileira, o que pode refletir a incerteza sobre a sustentabilidade do crescimento e a capacidade do governo de controlar a inflação e o déficit público, porque a desigualdade social ainda é um problema no Brasil, o que pode afetar a distribuição dos benefícios do crescimento econômico e limitar o potencial de desenvolvimento do país. 

Apesar de tudo o país apresenta um crescimento moderado e a expectativa é que a economia brasileira continue crescendo de forma moderada no restante de 2025, com o crescimento do PIB ficando em torno de 2,2%, e a reforma tributária pode ser um fator importante para impulsionar o crescimento econômico, porém sua implementação ainda é incerta. E o governo precisa investir em infraestrutura para aumentar a produtividade e a competitividade da economia brasileira. 

*Soelson Araújo é empresário, escritor e Ceo do Diário de Minas

Fontes de pesquisa: IBGE/FGV