
Maio Roxo: cuidado com as doenças inflamatórias - créditos - divulgação
Getting your Trinity Audio player ready...
|
17-05-2025 às 08h28
Giovanna Angeli(*)
O mês de maio ganhou um tom especial com o movimento Maio Roxo, criado para conscientizar sobre as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). A iniciativa chama atenção para enfermidades como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, que afetam milhares de pessoas no Brasil e no mundo.
Apesar de comuns, essas doenças ainda são pouco conhecidas por grande parte da população, o que torna fundamental falar sobre seus sintomas e a importância de um diagnóstico rápido.
As DIIs são crônicas e provocam a inflamação do trato gastrointestinal, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes. Por serem condições que podem apresentar sintomas variados e até silenciosos em algumas fases, é essencial conhecer os sinais que indicam a necessidade de procurar ajuda médica.
O que são as doenças inflamatórias intestinais
As doenças inflamatórias intestinais abrangem um grupo de distúrbios que causam inflamação prolongada do sistema digestivo. Entre as mais conhecidas estão a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, que compartilham características semelhantes, mas possuem diferenças importantes.
A Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus, causando inflamação profunda e, muitas vezes, irregular. Já a Retocolite Ulcerativa se restringe ao intestino grosso e ao reto, com inflamação contínua e superficial.
Essas condições têm origem multifatorial, envolvendo predisposição genética, alterações no sistema imunológico e fatores ambientais. Embora ainda não tenham cura definitiva, o tratamento adequado pode controlar os sintomas e garantir uma vida ativa e saudável.
Outro ponto relevante é que, quando não diagnosticadas ou tratadas, as DIIs podem evoluir e trazer complicações sérias, como perfurações intestinais, obstruções e aumento do risco de câncer colorretal. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar consequências mais graves.
Principais sintomas e sinais de alerta
Identificar os sintomas das DIIs é fundamental para evitar o agravamento da doença e iniciar o tratamento o quanto antes. Os sinais variam conforme a gravidade e o tipo de enfermidade, mas alguns são bastante comuns.
Alterações intestinais frequentes
Diarreia persistente, muitas vezes acompanhada de muco ou sangue nas fezes, é um dos sintomas mais recorrentes. O desconforto abdominal também é frequente, surgindo na forma de cólicas ou dor difusa. Alterações no hábito intestinal, como urgência para evacuar e sensação de esvaziamento incompleto, merecem atenção.
Essas mudanças podem ocorrer em surtos, intercalados por períodos de remissão. Por isso, é comum que a gravidade dos sintomas varia ao longo do tempo.
É importante lembrar que, em algumas pessoas, os sintomas podem ser mais leves e difíceis de identificar, o que pode adiar o diagnóstico. A observação contínua do próprio corpo e a busca por avaliação médica ao notar algo fora do normal são atitudes essenciais.
Perda de peso, dores abdominais e cansaço
A perda de peso involuntária é outro sinal de alerta. Isso acontece porque a inflamação constante prejudica a absorção de nutrientes, levando à desnutrição. As dores abdominais crônicas também afetam a alimentação e reduzem o apetite, agravando ainda mais o quadro.
O cansaço excessivo é consequência direta da combinação entre má absorção de nutrientes, sono prejudicado e o próprio impacto da inflamação no organismo. Pacientes com DIIs frequentemente relatam fadiga intensa, que interfere nas atividades diárias.
Em casos mais graves, a perda de peso e o cansaço podem ser tão significativos que impedem a realização de atividades simples, como trabalhar ou estudar, afetando profundamente a qualidade de vida.
Impacto na rotina e bem-estar
As doenças inflamatórias intestinais não afetam apenas o corpo, mas também o bem-estar emocional e social. A imprevisibilidade dos sintomas pode gerar ansiedade e levar ao isolamento. A necessidade constante de planejar atividades fora de casa em função do acesso a banheiros torna a rotina mais desafiadora.
Por isso, reconhecer o impacto psicológico das DIIs é tão importante quanto tratar os sintomas físicos. O suporte de profissionais especializados pode fazer toda a diferença na qualidade de vida do paciente.
Participar de grupos de apoio e contar com uma rede de suporte formada por familiares e amigos também é fundamental. Essas conexões ajudam a lidar com os desafios diários e oferecem um espaço seguro para compartilhar experiências e buscar orientação.
Como a tecnologia apoia o diagnóstico
Diante de sintomas que podem ser confundidos com outras condições intestinais, o diagnóstico das DIIs exige atenção e precisão. O acompanhamento médico é indispensável para a realização de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, fundamentais para confirmar a doença e definir o tratamento mais adequado.
Entre os exames mais comuns estão a colonoscopia, endoscopia e exames de sangue. No entanto, a análise de imagens detalhadas do sistema digestivo é um passo crucial para identificar a extensão e a gravidade da inflamação.
É nesse cenário que a tecnologia se torna uma grande aliada. Ferramentas modernas, como a telerradiologia, têm papel essencial nesse processo. Essa solução permite que exames de imagem, como tomografias e ressonâncias magnéticas, sejam analisados à distância por especialistas, garantindo rapidez e precisão na interpretação dos resultados.
O diagnóstico é realizado com mais eficiência e o início do tratamento pode ser antecipado, o que é crucial para o controle das DIIs e para evitar complicações.A tecnologia possibilita a segunda opinião médica com especialistas de diversas regiões, ampliando as chances de um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado.
A conscientização promovida pelo Maio Roxo reforça a importância de conhecer os sintomas das doenças inflamatórias intestinais e buscar ajuda médica sempre que necessário. Identificar os sinais precocemente é o caminho para uma vida com menos limitações e mais qualidade, mostrando que informação e tecnologia caminham lado a lado na luta contra essas enfermidades.
(*)Giovanna Angeli da equipe da SEO Marketing