
Lançamento dia 30 de maio às 19h, Restaurante Taboca, Rua Goiás, esquina com Bahia - créditos: Tadeu Martins
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11-05-2025 ÀS 13H13
Tadeu Martins
O livro “Jequitinhonha 46 Anos de Travessia – De Vale da Miséria a Vale da Cultura”, com 888 páginas, é um verdadeiro mergulho na história e na cultura da região que ocupa 15% do território de Minas Gerais. Lançado pela Arejo Editorial, com patrocínio da HLH Assessoria & Consultoria e apoio da TM Eventos e ALVA – Academia de Letras do Vale do Jequitinhonha, hoje presidida pelo autor.
Fruto do trabalho de mais de 50 anos do autor no Jequitinhonha, e muitos anos de pesquisa, é uma obra fundamental para quem deseja conhecer o Vale, a sua história, o seu povo, a sua cultura e o passo-a-passo de uma grande e revolucionária travessia. Passos que contribuíram para aumentar a autoestima do povo, fazer da cultura uma arma de transformação social e fazer o Vale do Jequitinhonha ser reconhecido nacionalmente como Vale da Cultura.
Em abril de 1977 quatro jovens do Vale do Jequitinhonha, universitários em Belo Horizonte, Aurélio Silby, Carlos Figueiredo, George Abner e Tadeu Martins se reuniram para discutir a situação política, cultural e social do Vale do Jequitinhonha. Em março de 1978, eles fizeram chegar ao Vale do Jequitinhonha o jornal GERAES, um nanico independente para “dar voz e vez aos trabalhadores da região”, mostrando “O homem do Vale, suas realizações, seus sonhos e sua luta por melhores condições de vida”.
O GERAES, que tinha núcleos em quase todas as cidades da região, foi o responsável pelo chute inicial no processo de desenvolvimento cultural do Vale do Jequitinhonha, pois ajudou a criar e fortalecer sindicatos, associações comunitárias e diversas entidades culturais, como Casas de Cultura, Centros Culturais, corais, grupos musicais e de teatro. Em Belo Horizonte o GERAES gerou o Centro Cultural Vale do Jequitinhonha (CCVJ), que reuniu os filhos da região residentes na Capital e abriu espaço para as realizações do Vale na imprensa estadual e nacional.
Em novembro de 1979 o GERAES promoveu em Itaobim o “1º Encontro de Compositores do Vale do Jequitinhonha”, que reuniu 22 compositores, vindos de 15 cidades da região e foi, sem dúvida alguma, a mola propulsora da música dos artistas do Jequitinhonha. Este Encontro gerou o FESTIVALE, idealizado por Tadeu Martins, para ser a reunião anual de todas as áreas do fazer cultural da região: músicos, poetas, artesãos, congadeiros, foliões, batuqueiros, escritores, repentistas, cantadores e contadores de “causos”, escrevendo juntos A VIDA DO VALE EM VERSO E VIOLA.
O idealizador do evento justificava assim a sua proposta: “É preciso que o Vale se conheça. Pois só quem conhece, gosta. Só quem gosta, defende. Só quem defende, divulga. E é divulgando que nós vamos ajudar a desenvolver o Vale do Jequitinhonha”.
Em 1984 o grupo realizou na cidade de Jequitinhonha o “1º Encontro das Entidades Culturais do Vale do Jequitinhonha”, idealizado por Tadeu Martins e José Machado Matos. Assim como o Festivale, o encontro passou a acontecer anualmente, também de forma itinerante.
Hoje, 47 anos depois, o movimento criado pelos quatro jovens continua firme, com mais de 500 pessoas na organização e vai realizar ainda este ano, na cidade de Diamantina, de 27 de julho a 02 de agosto, a 40ª edição do FESTIVALE. O evento acontece desde 1980, no mês de julho, cada ano em uma das 80 cidades da região.
O FESTIVALE dura uma semana e reúne Festival de Música, Festival de Poesia, Feira de Artesanato, Feira Literária, apresentação de grupos folclóricos, corais, grupos de teatro, muitos shows, além de cursos, oficinas e debates na área cultural. O FESTIVALE é reconhecido como um dos mais importantes eventos de cultura popular do Brasil, e já lançou mais de 200 artistas, que hoje representam o Vale em Minas, no Brasil e no mundo.
Contatos
Tadeu Martins – (31) 98474.2050 – tadeumartinsbh@gmail.com
Taboca – 31 98040.1303