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22-04-2025 às 13h13
Direto da redação
As entidades empresariais discutiram 16/04, em BH, a jornada 6×1 e seus impactos nas relações de trabalho frente a PEC 08/25 que prevê a redução da jornada para 4×3, ou seja, quatro dias trabalhados com três de folga.
No decorrer do evento, o professor José Pastore que é da área de relações do trabalho da Faculdade de Economia da USP, mostrou que a exemplo dos EUA, a jornada negociada do trabalhador caiu de 1.810 horas para 1.799 horas anuais.
Já no Brasil, trabalha-se 38,4 horas semanais e 1.709 horas anuais em média. “Nos EUA demoraram 15 anos para reduzir 11 horas enquanto aqui no Brasil a PEC prevê redução de 480 horas de forma abrupta e sem negociação”, criticou em seguida.
Estudo da Fiemg
Essa proposta de redução da jornada de trabalho e o possível fim da escala 6×1 — em fase de debate no Congresso Nacional — poderá impactar forma a prejudicar muito a economia brasileira.
Isso é o que mostra estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), que revela um momento de grandes dificuldades para o empresariado, além de aumento expressivos de custos para as empresas, perda de competitividade, aumento da informalidade e um substancial fechamento de até 18 milhões de postos de trabalho no país.
Como revela esse estudo, em um possível cenário analisado — considerando a redução da carga horária contratada para até 40 horas semanais, sem ganhos de produtividade — o país poderá perder até 18 milhões de postos de trabalho e ter uma queda de até R$ 480 bilhões na massa salarial.
O estudo parte do princípio de que a redução das horas de trabalho venha impactar frontalmente a produção e em consequência o número de postos de trabalho existente atualmente.
Jornada 6×1
Evento Jornada 6×1, Impactos nas Relações de Trabalho aconteceu na última quarta-feira, no Sesiminas, em Belo Horizonte, e contou com a união das entidades:
Fiemg, Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas); Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL BH); Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg); Fecomércio MG; Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas); Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg); Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg); e do Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais (CIEMG).
Fonte: Fiemg/ACMinas