
O livro será lançado em Montes Claros e tem 156 páginas e ilustrações.
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17-04-2025 às 09h20
Alberto Sena*
O livro “Darcy Ribeiro do Fazimento” será lançado em Montes Claros, no Norte de Minas, terra onde ele nasceu, no dia 23 de maio, em solenidade a ser realizada, por intermédio da Academia Montes-clarense de Letras, presidida pelo acadêmico Edson Andrade, na galeria do Centro Cultural de Montes Claros, na praça Doutor Chaves.
O livro tem 156 páginas e ilustrações de vários momentos do professor, como ele gostava de ser chamado, embora encarnasse vários Darcy’s, e conta a convivência do jornalista e escritor Alberto Sena, que, junto ao também jornalista e escritor Carlos Olavo da Cunha Pereira, integraram a assessoria de imprensa dele.
“Escola”. Se quisessem fazer a alegria do professor Darcy Ribeiro, montes-clarino de cepa, e fazer o coração dele pulsar com vigor a mais, era falar em escola, “desasnar” os brasileiros analfabetos, de modo que todos pudessem chegar à universidade.
Como contou a amiga dele, Vera Brant, diamantinense, e é recontado no livro “Darcy Ribeiro do Fazimento”, o arquiteto Oscar Niemeyer, amigo particular do metre, achava que ele “está ficando doido” porque só falava em criar a Universidade de Brasília (UnB).
Comentário outro fez o presidente Juscelino Kubitschek, em conversa com Vera Brant: “Todo dia recebo mais de um recado do Darcy, pedindo a criação da Universidade de Brasília”.
Esses dois comentários demonstram o quanto Darcy se ocupava com a educação formal dos brasileiros, o que o levou a criar a escola de tempo integral que batizou de Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) e até instituiu uma “fábrica de escolas”, no Rio de Janeiro.
Darcy faria tudo que pudesse por escola e aceitaria o convite de levar o regime de tempo integral para qualquer estado brasileiro, como aceitou o do então governador de Minas, Newton Cardoso, que o chamou para replicar a ideia no território mineiro.
Ele veio e ficou em Belo Horizonte, onde deparou com pedras, pelotas de mineiro de ferro e de aço no meio do caminho. Então, em vez de ficar aqui batendo boca, ele retornou ao Rio de Janeiro e depois foi para São Paulo criar o “Memorial da América Latina”.
Já vivemos um tempo sem Darcy. E o Brasil nunca precisou tanto dele para “abrir as cabeças” dos brasileiros de modo geral para refletir por si mesmos e se indignar contra o analfabetismo, a miséria e as injustiças.
Quem conhece Darcy irá gostar de estar com ele no livro “Darcy Ribeiro do Fazimento”, que pode ser enviado pelos correios. Basta para isso o interessado enviar Pix de R$ 65,00 (postagem incluída) para 15615219653 (Alberto Sena Batista) e o endereço completo. O livro seguirá autografado.
*Alberto Sena é jornalista e escritor